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Liam Neeson: improvável astro de filmes de ação | Divulgação
Liam Neeson: improvável astro de filmes de ação| Foto: Divulgação

Desde 2008, quando Busca Implacável, produzido e escrito pelo diretor francês Luc Besson (de O Profissional), se tornou um inesperado sucesso internacional de bilheteria, o ator irlandês Liam Neeson (de A Lista de Schindler) iniciou um novo capítulo em sua carreira. Virou, meio ao acaso, e aos 56 anos, um improvável astro de filmes de ação.

Nesse gênero, protagonizou uma série de produções, como Desconhecido (2011), A Perseguição (2011) e a se­­­quência do longa de Besson, Busca Implacável 2, sob a direção de Olivier Megaton (de Colombiana: Em Busca de Vingança). Sem Escalas, que estreou na última sexta-feira no Brasil, pertence a essa mesma cepa.

No thriller do cineasta espanhol Jaume Collet-Serra, com quem já havia trabalhado em A Perseguição, Neeson vive um personagem muito próximo daqueles que vêm interpretando nessa sua nova "encarnação": um homem de meia-idade, cuja vida pessoal encontra-se em uma encruzilhada, e que, por força das circunstâncias, se vê levado a enfrentar toda espécie de perigos, e e encarar o desafio de se tornar herói.

O protagonista de Sem Escalas é Bill Marks, um air marshal, oficial de polícia que tem como função embarcar em voos domésticos e internacionais, sempre à paisana, com o fim de evitar que novos sequestros, ou atos ilícitos afins, ocorram.

Durante uma viagem transatlântica, rumo à Europa, Marks começa a receber em seu celular ameaças em forma de mensagens de alguém que, supostamente, está a bordo: se não forem depositados US$ 150 milhões, a cada 20 minutos um passageiro será assassinado. Em uma sacada criativa do roteiro, todas as mensagens aparecem não apenas no visor do telefone, mas também na tela em que estamos vendo o filme.

Embora tenha uma premissa muito intrigante, ainda que um pouco inverossímil, Sem Escalas desperdiça o bom argumento, em uma narrativa que não consegue manter o ritmo, e o interesse do espectador como poderia. Falta-lhe fôlego dramático.

A mesma lógica vale para o elenco, que conta com ótimo atores, como Julianne Moore (de As Horas), Michelle Dockerey (a Mary, da série Downton Abbey), Lupita Nyon’go (vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante por 12 Anos de Escravidão) e Corey Stoll (o Ernest Hemingway de Meia-noite em Paris). Infelizmente, todo esse talento é desperdiçado, em certa medida, porque os personagens são mal desenvolvidos e parecem apenas orbitar Marks, reféns de uma trama que tem dificuldade em decolar e enfrenta muita turbulência até o desfecho, um tanto quanto previsível.

Ainda assim, o filme estreou bem no mercado norte-americano, onde rendeu perto de US$ 28 milhões no primeiro fim de semana de exibição. GG1/2

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