• Carregando...
 | Divulgação
| Foto: Divulgação

São Paulo - Com um concerto memorável com quase três horas de duração, um desfile de clássicos e o grande carisma por parte do vocalista, Bon Jovi cativou cerca de 65 mil espectadores na noite da última quarta-feira (6) durante show da turnê The Circle, que lotou o Estádio do Morumbi, em São Paulo.

Na plateia, jovens e adultos desfrutaram de um espetáculo único com a composição originária da banda de New Jersey, Estados Unidos. Às 21h20, Jon Bon Jovi, Richie Sambora, Tico Torres e David Byrne subiram ao palco. Não se podia ouvir nada além de gritos quando o vocalista apareceu. A guitarra de Sambora marcou o início de "Blood on Blood", clássico do álbum New Jersey (1988). A apresentação mais pareceu um final apoteótico do que o começo de um show.

Na sequência, o vocalista interpretou a alegre "We Weren’t Born to Follow", primeira canção do álbum The Circle (2009), seguida dos sucessos "You Give Love a Bad Name" e "Born to Be My Baby" – estes cantados em coro pelo público.

O músico, então, gritou: "São Paulo, vocês estão comigo? Mostrem o que vocês têm", para assim começar os seus mais recentes temas: "Lost Highway", "Superman Tonight", "Captain Crash & the Beauty Queen from Mars" e "When We Were Beautiful".

A energia seguiu em alta e chegou ao ápice da noite com "It’s My Life", que terminou por cativar totalmente os presentes. Todos cantavam diante da aprovação do vocalista, que antes interpretou "Runaway" em um ritmo mais suave.

Na sequência, "Bad Medicine", com uma pausa para surpreender o público com o clássico "Oh, Pretty Woman", música de Roy Orbison recebida com muitos gritos da plateia.

Em seguida, o vocalista cedeu o microfone a Richie Sambora para ele cantar "Lay your Hands on me" com um ar de blues e gospel. O telão ao fundo que exibia a imagem de um vitral se transformou em uma espécie de capela quando o guitarrista convidou a plateia a cantar com ele. "Sei que hoje não é domingo, mas vou levar todos vocês para a igreja", brincou Sambora, que segue respeitado pelo público. Sua guitarra desde sempre fez Bon Jovi grande.

Depois, o roqueiro regressou ao seu lugar para cantar "Always", "Blaze of Glory" e "I’ll be There for You". Com um grande coro, o público voltou a soltar a voz e novamente recebeu um gesto de aprovação de Jon Bon Jovi. "Muito obrigado", disse. O espetáculo seguiu com "Have a Nice Day", "I’ll Sleep When I’m Dead", "Work for the Working Man" e "Who Says You Can’t Go Home".

Para se "despedir" dos brasileiros, a banda escolheu "Keep the Faith". Munido de um par de maracas nas mãos, o vocalista desatou gritos de delírios entre as mulheres cada vez que sacudia seu corpo ao ritmo da música.

O bis não decepcionou ninguém. Munido de seu violão, Jon Bon Jovi retornou ao palco para cantar "These Days" e emendou com "Wanted Dead or Alive", "Someday I’ll Be Saturday Night" e, claro, a imortal "Livin’ On a Prayer", que teve seu refrão entoado pelo público antes do bis. "Vocês não conseguem esperar, não é?", brincou o roqueiro.

De certo, o tem­­po passado de Bon Jovi foi melhor, mas ainda me­­rece respeito. Ficou claro, por exemplo, que o vocalista não consegue alcançar os mesmos agudos registrados nos anos 80 e 90. Mesmo assim, o grupo continua a empolgar como antes. E foi depois de ficar parado observando a empolgação incessante dos seus seguidores que Jon Bon Jovi convocou uma "reunião" com sua banda. No centro do palco e com as luzes já apagadas, o quarteto decidiu tocar mais uma música. Os músicos retomaram aos seus postos para "Bed of Roses". Enquanto a banda ainda tocava, Jon deixou o palco silenciosamente e acenou em agradecimento. O círculo havia fechado.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]