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Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar | Roberto Custódio/JL
Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar| Foto: Roberto Custódio/JL

A edição curitibana do Tim Festival 2007, que acontece amanhã, a partir das 19 horas, na Pedreira Paulo Leminski tem todas as chances de superar os eventos carioca e paulista, ambos realizados durante o último fim de semana. No quesito musical, vêm à capital paranaense quatro das atrações mais elogiadas pelo público e pela crítica até o momento: Hot Chip, Björk, Arctic Monkeys e The Killers.

Quanto à estrutura, apesar do clima bastante propício a chuvas e à típica lentidão do trânsito nas horas que antecedem o festival, problemas sérios como o congestionamento em direção à Marina da Glória, causado pelo desabamento de terra no túnel Rebouças, no Rio de Janeiro, não devem atrapalhar tanto a chegada do público curitibano à Pedreira – o bloqueamento da passagem fez com que muitos cariocas perdessem boa parte da apresentação da cantora islandesa Björk, na sexta-feira, 26, para a qual os ingressos estavam esgotados.

Possíveis cancelamentos causados pelo mau tempo – no Rio de Janeiro, os shows do palco Novo Rock BR, com as bandas Vanguart, Montage e Del Rey, não chegaram a acontecer na sexta-feira, pois a estrutura havia sido montada em local aberto e a chuva no momento da apresentação, apesar de passageira, era torrencial – também não devem se repetir por aqui.

Basta lembrar do Tim Festival do ano passado, que levou 12 mil pessoas a acompanhar o trio nova-iorquino Beastie Boys, principal atração da edição, debaixo de chuva sem grandes problemas.

Grandes expectativas

Com início previsto para as 19 horas em ponto, os primeiros a subirem ao palco do Tim Festival curitibano serão os cinco londrinos do grupo eletrônico Hot Chip. Na capital carioca, a banda abriu a apresentação dos conterrâneos roqueiros do Arctic Monkeys e, apesar de ter enfrentado uma platéia pequena e um tanto quanto ansiosa para conferir o show do hypado Alex Turner e seus comparsas, fez um dos melhores shows do festival. O repertório é curto – os hits "And I Was a Boy from School" e "Over and Over" estão confirmados, além da inédita "Shake a Fist", que abriu o show carioca – mas a breve performance dos ingleses é intensa, dançante e divertida. Ou seja, vale à pena sair de casa uma hora mais cedo para conferi-los.

Satisfação garantida terão os fãs da islandesa Björk, cujo show, apresentado para cerca de 4 mil pessoas na Marina da Glória, deve ganhar e muito com as dimensões do palco da Pedreira. Se os telões contribuírem (o que não aconteceu no Rio de Janeiro), os fortes elementos visuais da performance – computadores touch screen, dez mulheres escandinavas tocando instrumentos de sopro e até chuva de papel cintilante – devem impressionar os admiradores de longa data de Björk, uma das atrações mais esperadas por aqui. Se o figurino é surpresa – no Rio, ela usou um vestido dourado, de mangas curtas exageradamente bufantes –, o repertório é o mesmo conferido pela reportagem do Caderno G, no mês julho, no festival dinamarquês de Roskilde: faixas de Volta como "Earth Intruders", "Innocence", "Wanderlust" e "Declare Independence", junto a hits como "Hunter", "Joga", "Army of Me", "I Miss You" e "Hyperballad".

Já o quarteto Arctic Monkeys, que carregou a platéia carioca por uma longa apresentação (mais de 1h30), deve se superar em Curitiba, já que o breve repertório do grupo inglês – pouco comunicativo com o público, por sinal – ganha mais força e vigor quando apresentado em tempo mais curto.

O grande show da noite deve mesmo ficar a cargo dos norte-americanos do Killers. Com um set list recheado de hits – imagine só a seqüência "When You Were Young", "Bones", "Somebody Told Me" e "Smile Like You Mean It" –, Brandon Flowers e companhia deixaram muitas gargantas roucas após o show na edição carioca. Fora o pop chiclete, a performance encanta pelo cenário kitsch bem-elaborado e pela presença de palco cada vez mais confiante do belo Flowers, que rege os gritos da platéia com os gestos e a imponência de um maestro.

A jornalista viajou ao Rio de Janeiro a convite da Tim.

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