O corpo do compositor Carlos Alberto Ferreira Braga, o Braguinha, de 99 anos, foi enterrado nesta segunda-feira (25), no cemitério São João Batista, no Rio, ao som de "Carinhoso". Braguinha, também conhecido como João de Barro, morreu às 12h05 deste domingo (24), de falência múltipla dos órgãos provocada por infecção generalizada. Ele foi velado na câmara dos vereadores da cidade.
No velório, parentes e amigos cantaram trechos de vários sucessos do compositor. O ritual foi repetido já no cemitério e "Carinhoso", parceria de Braguinha com Pixinguinha, deu o último adeus ao João de Barro.
Sobre o caixão, a bandeira verde-e-rosa da Mangueira, que o homenageou com o samba vencedor do Carnaval de 1984, "Yes, nós temos Braguinha", e um cartaz de netos e bisnetos com fotos e dedicatórias ao compositor.
"Pela estrada afora costumávamos ir juntinhos. Agora teremos que seguir sozinhos", dizia uma das frases dos netos em alusão à composição tema da história de "Chapeuzinho Vermelho", feita por Braguinha.
"Eu vivi num mundo de sonhos com meu pai. Ele me contava histórias que depois transformou em discos infantis, que alegraram gerações e gerações. Ele deu muita coisa não só para nós, mas para todo o povo brasileiro. Eu sou feliz, mesmo ele estando longe de mim", declarou Maria Cecília, única filha de João de Barro.
Homenagens de amigosAlém da família, amigos e fãs foram prestar as últimas homenagens. Entre eles, o prefeito César Maia e o governador eleito, Sérgio Cabral Filho, acompanhado de seu pai, Sérgio Cabral.
"Braguinha foi o cantor da nossa cidade, o compositor de maior carreira no Brasil", disse Sérgio Cabral. "Ele era um grande brasileiro e é uma perda para o Rio de Janeiro, mas sua música o imortalizou", completou seu filho, o governador eleito do Rio.
Um dos compositores mais importantes de MPB, Billy Blanco, também esteve presente. "Foram os 100 anos de vida mais bem usados na face da terra. Vim agradecer à Braguinha por todas as coisas belas que ele fez."
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