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Datas

9/3 – Os 12 Trabalhos, de Ricardo Elias (Imovision).

16/3 – Caixa 2, de Bruno Barreto (Buena Vista).

23/3 – O Cheiro do Ralo, de Heitor Dhalia (Filmes do Estação).

30/3 – O Diário de Tati, de Maurício Farias (Universal); Ó Pai Ó, de Monique Gardenberg (Europa/MAM).

6/4 – Batismo de Sangue, de Helvécio Ratton (Downtown); Meteoros, de Diego de la Texera (Imovision).

27/4 – Cão sem Dono, de Beto Brant (Downtown), Ódiquê?, de Felipe Joffily (Filmes do Estação); Proibido Proibir, de Jorge Durán (Riofilme/Mais Filmes).

11/5 – Baixio das Bestas, de Cláudio Assis (Imovision); Polaróides Urbanas, de Miguel Falabella (Buena Vista).

18/5 – Sobreviventes, de Paulo Fontenelle (doc) (Film Connection).

25/5 – Fabricando Tom Zé, de Décio Matos Jr. (doc) (Filmes do Estação).

1.º/6 – Inesquecível, de Paulo Sérgio Almeida (Buena Vista); Querô, de Carlos Cortez (Downtown).

7/6 – Não por Acaso, de Philippe Barcinski (Fox).

8/6 – Otávio e as Letras, de Marcelo Masagão (Imovision).

22/6 – Maria Bethânia, de Andrucha Waddington (doc) (Filmes do Estação).

6/7 – Nossa Vida não Cabe em um Opala, de Reinaldo Pinheiro (Imovision).

13/7 – O Fim do sem Fim, de Lucas Bambozzi, Cao Guimarães e Beto Magalhães (doc) (Filmes do Estação).

20/7 – Saneamento Básico – O Filme, de Jorge Furtado (Sony).

3/8 – O Homem Que Desafiou o Diabo, de Moacyr Góes (Warner); O Primo Basílio, de Daniel Filho (Buena Vista).

31/8 – Cidade dos Homens – O Filme, de Paulo Morelli (Fox).

14/9 – JK – Uma Bela Noite para Voar, de Zelito Viana (Downtown).

28/9 – Os Desafinados, de Walter Lima Jr. (Downtown); O Magnata, de Johnny Araújo (Buena Vista).

12/10 – Orquestra de Meninos, de Paulo Thiago (Paramount).

26/10 – Chega de Saudade, de Laís Bodanzky (Buena Vista).

Fonte: FilmeB. As datas podem ser alteradas.

Janeiro e fevereiro são meses muito difíceis para a produção brasileira, pois são marcados pelas estréias de filmes infantis e, principalmente, dos in-dicados ao Oscar – quem ousa enfrentar essa lógica pode acabar se dando mal nas bilheterias, como aconteceu com Antônia, de Tata Amaral, fracasso na semana de estréia com uma bilheteria para lá de decepcionante para o porte de seu lançamento: apenas 24 mil espectadores para 125 cópias. A vantagem é que, nos últimos dois anos, a festa do Oscar foi antecipada de março para fevereiro, mudança benéfica para o cinema nacional, que não precisa mais ficar segurando por muito tempo o lançamento de novos trabalhos. Até o fim de 2007, estão programadas, com datas definidas, as estréias de 30 filmes nacionais, segundo calendário do site Filme B.

Boa parte dessas fitas deverá chegar à programação de Curitiba, principalmente aquelas distribuídas pelas estrangeiras Fox, Warner, Universal, Sony, Paramount e Buena Vista, e pelas nacionais Downtown e Europa/MAM, que fazem lançamentos de médio a grande porte (a partir de 70 cópias). Empresas menores como Imovision, Filmes do Estação, Mais Filmes, Riofilmes e Film Connection apostam em distribuição setorizada, com poucas cópias dos filmes (em média dez) – como a capital paranaense historicamente não é uma praça muito atraente para lançamentos nacionais, essas produções demoram mais tempo (às vezes, meses) para chegar por aqui (quando chegam).

No universo dos lançamentos das grandes companhias, são vários os destaques da temporada. Cidade dos Homens – O Filme (Fox, agosto), de Paulo Morelli, produção derivada do seriado de sucesso da TV, apresenta a conclusão da história de Acerola (Douglas Silva) e Laranjinha (Darlan Cunha). O Primo Basílio (Buena Vista, agosto) é o novo filme de Daniel Filho, diretor de grandes sucessos comerciais do cinema brasileiro recente. A produção traz o famoso romance de Eça de Queiroz para a São Paulo dos anos 50, destacando no elenco Fábio Assunção, Deborah Falabella e Reynaldo Gianechini.

Diretores que estabeleceram uma carreira consistente nos últimos anos, Jorge Furtado (O Homem Que Copiava) e Beto Brant (O Invasor) apresentam seus novos longas-metragens. O gaúcho Furtado conta na comédia Saneamento Básico – O Filme (Sony, julho) a história de uma comunidade que tem de decidir se faz uma fossa em sua cidade ou produz um filme. O elenco é recheado de atores conhecidos como Lázaro Ramos, Wagner Moura, Fernanda Torres e Camila Pitanga. O paulista Brant filmou, em Porto Alegre, Cão sem Dono (Downtown, abril), baseado em um livro do jovem escritor gaúcho Daniel Galera – Selton Mello e Fernanda Lima protagonizam a fita.

Depois da elogiada estréia em Bicho de Sete Cabeças (2000), Laís Bodanzky finalmente lança seu segundo longa-metragem de ficção, Chega de Saudade (Buena Vista, outubro). A trama, estrelada por Tônia Carrero, Betty Faria e Leonardo Villar, gira em torno de um baile para as pessoas da terceira idade. Miguel Falabella, diretor de teatro e de novelas, estréia no comando de um longa-metragem em Polaróides Urbanas (Buena Vista, maio), adaptação de sua peça de sucesso Como Encher um Biquini Selvagem, marcando a volta de Marília Pêra às telas.

Mas a principal aposta da temporada talvez seja Não por Acaso (Fox, junho), primeiro longa do paulista Philippe Barcinski, premiado e elogiado realizador de curtas-metragens. O filme, produzido pela O2 de Fernando Meirelles (Cidade de Deus), tem como protagonistas Rodrigo Santoro e Leonardo Medeiros (Cabra-Cega), que interpretam personagens meticulosos e obsessivos vivendo tumultuadas histórias na cidade de São Paulo – a paranaense Letícia Sabatella também está no elenco.

Independentes

Fora do grande circuito comercial, as atenções ficam voltadas para duas produções. O Cheiro do Ralo (Imovision, março), de Heitor Dhalia (Nina), realizado sem nenhum recurso público, recebeu prêmios no Festival do Rio 2006 e foi selecionado para o prestigiado Festival de Sundance. Baseado no primeiro livro de ficção do quadrinista Lourenço Mutarelli, o filme tem como destaque a melhor atuação no cinema de Selton Mello, que vive um antiquário que explora de uma maneira um tanto sádica seus clientes.

O polêmico Baixio das Bestas (Imovision, maio) deu ao pernambucano Cláudio Assis a segunda vitória no Festival de Brasília (a primeira foi com o ótimo Amarelo Manga). Com Matheus Nachtergaele e Caio Blat, a película fala de uma comunidade canavieira no interior de Pernambuco – violência e perversão sexual (com direito a fortes cenas de estupro) dão o tom da história.

A temporada tem muitos títulos interessantes. Resta conferir se o público, ainda distante da produção nacional, principalmente dos trabalhos menos comerciais, vai se interessar e acompanhar os filmes. A sorte está lançada para o cinema brasileiro em 2007.

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