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O diretor argentino Daniel Burman demonstrou nesta sexta-feira no Festival Internacional de Cinema de Berlim que continua em forma com "Derecho de familia", dois anos depois de ganhar com "O abraço partido" o Urso de Prata do Grande Prêmio do Júri. Burman e o uruguaio Daniel Hendler - também Urso de Prata de melhor ator com "O abraço partido" - abriram a mostra Panorama Especial com uma estranha comédia dramática que aborda as relações entre pai e filho numa família judia de advogados argentinos.

"Derecho de familia" narra a história de um jovem (Hendler), que exerce a profissão de advogado, como seu pai (Arturo Goetz). O personagem de Hendler se mantém o mais afastado possível do universo paterno, apesar de os dois se parecerem muito. O diretor explicou que o tema das relações pai-filho não é seu tema favorito, mas sim falar de "reflexões cotidianas".

- Tudo o que odiamos de nosso pai acabamos justificando e repetindo - disse Burman.

O advogado vivido pelo ator uruguaio se sente um peixe fora d'água quando tira o terno - a ponto de quando chega à noite, cansado do dia trabalho, não o tira nem para dormir. Hendler explicou que o traje simboliza como seu personagem "representa a si mesmo" e que sem ele se sente um pouco perdido.

Burman assegurou que o filme "não tem nada de autobiográfico".

- Que bom, porque seria uma vida trágica - acrescentou o cineasta, que apesar de seus 32 anos é um veterano no festival, onde esteve uma vez como produtor e quatro como diretor.

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