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Gabriel Braga Nunes, Natália do Vale, Antonio Fagunes e Eriberto Leão: ódio e amor em família no folhetim Insensato Coração, de Gilberto Braga e Ricardo Linhares | Divulgação/Rede Globo
Gabriel Braga Nunes, Natália do Vale, Antonio Fagunes e Eriberto Leão: ódio e amor em família no folhetim Insensato Coração, de Gilberto Braga e Ricardo Linhares| Foto: Divulgação/Rede Globo

O mito de Caim e Abel está no centro da trama de Insensato Coração, novela de Gilberto Braga e Ricardo Linhares que entre em sua terceira semana de exibição.

Num momento em que o Brasil redescobre Vale Tudo, maior sucesso de Braga, em cartaz no canal Viva, o autor tem um desafio e tanto pela frente: evitar comparações com o que escreveu há 23 anos.

O Brasil mudou, O público que assiste tevê aberta também, mas o autor de Celebridade e Paraíso Tropical tem conseguido se reinventar sem trair seu estilo ao mesmo tempo folhetinesco, mas sempre realista.

Em Insensato Coração, Gabriel Braga Nunes, que substituiu Fábio Assunção, vive Léo, o filho mais velho de Wanda (Natália do Vale) e Raul (Antonio Fagundes). O ator, que andava sumido da Rede Globo e fez uma série de novelas na Record, enfrenta aquele que pode ser o personagem divisor de águas em sua carreira na tevê.

Léo tem o caráter falho, acumula trambiques e fracassos em seu currículo e, para piorar, vive na sombra do irmão mais novo, o piloto Pedro (Eriberto Leão), o preferido do pai e querido por todos. Razões suficientes para um profundo ressentimento fraterno.

Para compensar Léo, Wanda o protege e se recusa a enxergar que o rapaz não presta e ponto final.

Ainda é cedo para dizer se a novela vai dar certo, mas os bons diálogos, marca registrada de Braga, e o destemor em ser ácido, outro traço do autor, estão lá. Os confrontos entre Raul e Wanda, um casal em ruínas, têm sido verdadeiros shows de interpretação de Fagundes e Natália. Isso no núcleo de Florianópolis.

Enquanto isso, no Rio de Janeiro, quem faz a festa é Déborah Secco e sua deliciosa Natalie Lamour, ex-participante de reality show e quase celebridade decadente, sempre em busca de uma chance de reencontrar os holofotes. Parece com outros personagens já defendidos pela atriz, mas tem gás para ganhar o público.

Também digno de nota é o don Juan designer André, vivido por um Lázaro Ramos sem qualquer medo da ambiguidade, transitando entre a empatia do ator e a vilania safada do personagem.

Ponto negativo, até agora, é o morno romance entre Pedro e a mocinha emancipada Marina (Paola Oliveira, que assumiu o personagem que era para ser de Ana Paula Arósio). Agora que Pedro ficou temporariamente paraplégico, pode ser que a conversa mude de rumo. Vamos esperar para ver o que acontece.

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