Caleidoscópio metálico

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Mais longo, mais barulhento e mais explosivo. Essas são as únicas diferenças que separam Transformers (2007) – longa-metragem inspirado no universo dos famosos brinquedos dos anos 1980 – de Transformers 2: A Vingança dos Derrotados, sequência que chega hoje às salas de exibição brasileiras, após ter sua estreia antecipada em alguns países.

Com direção de Michael Bay e produção de Steven Spielberg (os mesmos que comandaram o primeiro filme), a continuação é uma variação sobre o mesmo tema: inconformados com a morte de Megatron, os robôs Decepticons (vilões) planejam uma maneira de libertar seu líder das profundezas do mar, onde foi aprisionado após ter sido derrotado pelos Autobots (os robôs do bem), no fim do primeiro longa-metragem. Para isso, eles precisam encontrar os estilhaços do cubo All Spark – artefato destruído durante a primeira aventura, capaz de dar vida a objetos mecânicos e eletrônicos (ferrugem, aqui, é um mero detalhe que não precisamos levar em consideração).

Agora na faculdade, distante de seus estabanados pais (Kevin Dunn e Julie White) e de sua linda namorada Mikaela (Megan Fox), o jovem nerd Sam Witwicky (Shia LaBeouf) tenta levar uma vida normal longe dos robôs alienígenas, mas não tem tempo de conhecer seus novos colegas. Uma nova guerra entre Autobots e Decepticons tem início.

Detentor de conhecimentos sobre a origem dos Transformers e sua vida ancestral na Terra, Sam é enganado por um dos Decepticons, travestido de uma sensual caloura ninfomaníaca. Acaba, então, o sossego do rapaz.

Mesmo com esforço do Exército norte-americano, que agora trabalha ao lado dos Autobots na caça aos Decepticons, os malignos robôs parecem vencer a batalha durante a primeira metade do filme, mas o gigante Optimus Prime é reduzido a sucata, após tentar salvar Sam.

Sam, Mikaela, Leo e Simmon (John Turturro) então saem em busca uma fonte de energia capaz de ressuscitar Optimus Prime e impedir assim a destruição da humanidade. Nesse ponto, a trama se aproxima das séries A Múmia e Indiana Jones e vai parar no Egito e na Jordânia.

Bombardeio de pirâmides em câmera lenta e muito barulho de explosões marcam a segunda parte do filme.

Assim como no primeiro longa-metragem, as cenas de lutas entre os Transformers são o que realmente fazem valer a pena – desta vez, destacam-se Jetfire e Ironhide (Autobots) e Starscream, Devastator e The Fallen (Decepticons). Este último dá nome à sequência. No entanto, mesmo com os incríveis efeitos visuais da Industrial Light & Magic, de George Lucas, Transformers 2: A Vingança dos Derrotados não deve agradar àqueles que costumam ir ao cinema para assistir a algo cuja profundidade vá um pouco além de uma tela repleta por um caleidoscópio de metal colorido e retorcido. GGG1/2