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Série já vendeu mais de 4 milhões | Divulgação/Redoctone
Série já vendeu mais de 4 milhões| Foto: Divulgação/Redoctone

Perfil

• Carlos Eduardo Lyra Barbosa nasceu em Botafogo, no Rio de Janeiro, no dia 11 de maio de 1939.

• Quando criança, se apaixonou pelo cinema e pelos musicais.

• O tio Edgar o influenciou a tocar violão.

• Como estudante, foi colega de Roberto Menescal, Luis Carlos Vinhas e Carlos Eduardo Dollabela.

• Nessa época, a canção "Menina" chamou a atenção de Menescal, que aprendia violão com Lyra.

• Conheceu Tom Jobim por meio de João Gilberto.

• Em 1956, em encontros no Bar do Plaza, firmou a parceria com Ronaldo Bôscoli. Na mesma época em que surgia a dupla Tom Jobim e Vinícius de Moraes.

• Nos anos 60, vivendo nos EUA, gravou com o cantor Tony Bennett e excursionou com o saxofonista Stan Getz.

Carlos Lyra lançou Sambalanço em 2004, pondo fim a um intervalo de uma década sem gravar. Cantor e compositor da mesma geração de Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, Lyra produziu o álbum no Rio de Janeiro em 2000 a pedido do mercado japonês. É com base no repertório desse disco que o carioca se apresenta amanhã no Sesc da Esquina, exatamente no dia do seu 68.º aniversário.

A versão nacional de Sambalanço veio quatro anos depois para quebrar uma seqüência de lançamentos que insistiam em requentar os sucessos antigos de Lyra. Isso não chega a ser mau, afinal canções como "Primavera", "Marcha da Quarta-feira de Cinzas" e "Influência do Jazz" são sempre novas porque foram feitas para ficar, nas palavras do jornalista e escritor Ruy Castro, autor do livro Chega de Saudade – A História e as Histórias da Bossa Nova (Companhia das Letras).

Sambalanço faz jus a uma figura importante da música brasileira que nunca deixou de criar, mas que não tinha chance de mostrar suas novidades. Algumas faixas, como "Os Olhos da Madrugada", "Gente do Morro", "Só Choro Quando Estou Feliz" e "Um abraço no João", não são exatamente novas, mas ainda não haviam sido integradas à discografia oficial de Lyra.

O disco marcou ainda a parceria do músico com a filha Kay em "O Barco e a Vela", composta pelo sobrinho Cláudio. Entre as outras canções, estão "Pode Ir", uma composição pouco conhecida de Lyra com Vinicius de Moraes, "Lobo Bobo" e outras três escritas em parceira com Ronaldo Bôscoli.

Carlos Lyra tem 29 discos lançados – contando vinis e CDs – em 50 anos de carreira. Compôs para filmes, teatro, escreveu livros, deu aulas de violão numa academia própria e foi gravado por um sem-número de músicos e cantores do mundo todo.

Há dois anos, ele produziu seu primeiro DVD, 50 Anos de Música, lançado pela Biscoito Fino e repleto de clássicos, incluindo as bossas que fizeram sua fama, mais as músicas de Sambalanço.

Em seu site pessoal, na internet (www.carloslyra.com), o compositor conta a história do dia em que uma estudante perguntou "Carlos, como era no teu tempo?".

Depois de uma análise breve sobre o que seria esse "tempo" a que a menina se referia, vinculando-o ao passado, Lyra conta que não soube o que dizer para a garota de olhos castanhos. "E o passado, já passou. O que resta, afinal? Como perspectiva, só mesmo o futuro. Então é isso. Já tenho a resposta para quando reencontrar a menina dos olhos castanhos: meu tempo é o futuro."

Serviço: Sambalanço. Show de Carlos Lyra com músicas do disco homônimo. Sesc da Esquina (R. Visconde do Rio Branco, 969), (41) 3304-2222. Amanhã, às 21 horas. Ingressos a R$ 20 e R$ 10 (para comerciários).

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