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Os atores e músicos que conduziram o espetáculo "Cante com Peixonauta" | Bruno Tetto / Divulgação
Os atores e músicos que conduziram o espetáculo "Cante com Peixonauta"| Foto: Bruno Tetto / Divulgação

"São bonecos, não são de verdade", reclamou uma jovem menina que assistia ao espetáculo Cante Com Peixonauta – O Show, em um lotado Teatro Marista, nesse sábado (07). A montagem teve sua estreia nacional na programação do Guritiba, a mostra voltada para crianças do Festival de Curitiba.

Parte da decepção de alguns pequeninos que estavam na plateia foi gerada pela expectativa em ver, ao vivo, os personagens do desenho Peixonauta. A animação, produzida aqui mesmo no Brasil, é protagonizada por um peixe astronauta, um macaco e uma menina. O musical, assinado pelo núcleo Palavra Cantada, apenas leva aos palcos músicas inspiradas na série, transmitida pelo canal pago Discovery Kids.

A ausência de narrativa e o uso de marionetes - que não escodem ser manipuladas por atores - revelam a intenção de que Cante com Peixonauta ambicionava ser apenas um show. Como boa parte das crianças presentes parecia animada em cantar e interagir com a equipe de artistas que conduzia o espetáculo, reclamações sobre isso foram reduzidas a um grupo pequeno de miúdos (como é o caso da jovenzinha citada no início deste texto).

Durante a atração, meninos e meninas corriam às dezenas para frente do auditório, que fica nas instalações do Colégio Santa Maria, no bairro São Lourenço. Cada música que apresentava um personagem diferente gerava coros de gritos entusiasmados. Como o desenho é voltado para um público de quatro a sete anos, a plateia majoritária não variou muito dessa faixa etária. O que significou uma audiência nada silenciosa e que facilmente pôde ser entretida.

Sem a companhia de alguém que tenha a idade ideal para assistir ao show, um adulto poderia ficar desinteressado na montagem. Ainda mais se for extremamente atento aos detalhes, como a microfonia que atrapalhou a cantoria sobre playback dos músicos no início do espetáculo e o projetor, que estava fora de sincronia com as canções. Para as crianças, talvez a maior preocupação ainda fossem os bonecos, que não falavam e não faziam esforço para ser como no desenho.

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