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A Su Tiempo: espetáculo da bailarina Carmen Romero lotou duas noites o Guairinha | Zeca Ricetti/Divulgação
A Su Tiempo: espetáculo da bailarina Carmen Romero lotou duas noites o Guairinha| Foto: Zeca Ricetti/Divulgação

Curitiba também é flamenca. Pelo menos é o que se deduz a partir do público que lotou o Guairinha, nas noites de 27 e 28 de agosto, para conferir A Su Tiempo, espetáculo comemorativo aos 15 anos da escola de dança flamenca da bailaora e coreógrafa Carmen Romero.

A apresentação foi dividida em dois atos. Inicialmente, alunos e alunas, de idades variadas, encenaram montagens coreográficas que Romero produziu em tempos recentes. No total, 60 alunos bailaram a partir de músicas gravadas.

De repente, uma tela – translúcida – marca o início do segundo ato. Imagens da Espanha foram projetadas nesta divisória entre palco e platéia. E, em cena, presença de músicos que já são referência na cena flamenca – em âmbito nacional. O cantaor (carioca) Diego Zarcón, o flautista Marcelo Oliveira e o guitarrista Jony Gonçalves.

O flamenco, fato consumado, não se repete, não funciona com música gravada e – como era previsível – aconteceu (fatal e visceralmente) na segunda parte de A Su Tiempo.

Alunos e alunas com mais quilometragem brilharam, mas o ponto culminante da apresentação foi a performance de Miriam Galeano, a "Perlita del Paraguay". Considerada uma das mais talentosas bailaoras do flamenco recente, Miriam atua com força e técnicas incomuns: faz do sapateado instrumento e presença rítmicas. Após temporadas no Japão (onde há mais atividade flamenca que na Espanha) e também no berço flamenco, Miriam – casada com o guitarrista Jony Gonçalves – escolheu Curitiba como cidade-destino e, neste espetáculo de Carmen Romero, encontrou oportunidade ímpar para expor a grande arte inventada na Andaluzia, sul espanhol.

De uma maneira geral, A Su Tiempo ajuda a consolidar a cena flamenca em Curitiba, fruto da atuação sistemática de nomes como La Morita, Luis Marinho, Cristiane Macedo (Aire Flamenco), Isabel Camargo, Kátia Simões e Maria Tereza Prado (Instituto Flamenco Brasileiro de Arte e Cultura) e, naturalmente, da própria Carmen Romero. Olé!

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