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Top 5

Confira um ranking de cinco músicas selecionadas pelo DJ Carioca, responsável pela curadoria musical do Eon Dining Club e, por Ralph Sperka, music designer do restaurante Zea Maïs.

DJ Carioca

- "What You Say Is More than I Can Say" – Ricardo Villalobos- "So Far Back" – Lephtee- "Dr. Teeth" – Layo & Bushwacka- "Kill 100" – X-Press 2- "Interpretations" – Nova Dream Sequence

O Eon Dining Club fica na Av. Silva Jardim, 3.959, e funciona de terça-feira a sábado. As atividades da cozinha vão das 20 horas à meia-noite, mas o bar fica aberto até o último cliente. Carioca é residente da casa que, às quintas-feiras, recebe DJs de outros estados e países para noites mais voltadas à balada. Informações pelo telefone (41) 3343-0359.

Ralph Sperka – Zea Maïs

- "We Can’t Be Somebody Else" – Arling & Cameron- "Music in My Mind" – Linstrom- "Sing Sing Sing" – G-Swing- "Paris Demain Matin" – Djako- "Computer" – Arling & Cameron

O restaurante Zea Maïs fica na Rua Barão do Rio Branco, 354, e funciona de segunda-feira a sábado, das 20 horas à meia-noite. Às quartas e sábados, o music designer Ralph Sperka apresenta seu repertório nas pick-ups do restaurante. Já nos demais dias, o som ambiente é uma seleção de coletâneas elaboradas por ele. Mais informações pelo telefone (41) 3232-3988.

A combinação entre música e gastronomia pode até parecer um tanto excêntrica (ou indigesta), mas, para o bem dos freqüentadores de bons restaurantes, o equilíbrio entre os dois elementos vem sendo cada vez mais um preocupação prioritária de quem comanda esse tipo de estabelecimento. Prova disso é a contratação de DJs para a elaboração de repertórios específicos que sejam agradáveis aos ouvidos de quem saboreia um bom prato.

"Ao mesmo tempo que nossa linha musical pretende agradar a pessoas de diferentes faixas etárias, sabemos que nossos clientes, além de identificarem o que está tocando, querem poder conversar tranqüilamente. O garçom precisa entender se o cliente quer seu filé mal ou bem passado sem que ele precise gritar ou repetir a mesma coisa várias vezes", explica Gustavo Rassi, diretor artístico do Eon Dining Club, casa noturna curitibana que busca equilibrar os conceitos de restaurante, lounge, bar e balada.

Para isso, o DJ residente da casa, o veterano Carioca, aposta na diversidade de estilos da música eletrônica, devidamente combinados ao perfil de público específico de cada noite, para compor a ambientação sonora da casa. "No warm up geralmente faço um som para recepcionar as pessoas de forma leve e conceitual. Nos after hours gosto de improvisar e tocar o que a pista necessita", conta. Dono de um repertório que trafega entre o house e suas variantes (deep, acid e progressive), Carioca, nas terças e quartas-feiras, costuma fazer sets mais calmos, incluindo bastante chill out, trip hop e até bossa nova. Nas quintas-feiras, as mesas do restaurante são afastadas e as pick-ups comandadas por DJs nacionais e internacionais convidados para a ocasião. Já nas sextas e sábados, os públicos se misturam. "Nesses dias vêm pessoas querendo jantar e a fim de balada. Por isso, nunca temos nada previsto, dependendo do público, afastamos algumas mesas, caprichamos na iluminação e aumentamos o volume da música", conta Rassi.

Para o diretor artístico, as peças-chave de uma boa ambientação sonora são o equipamento e a distribuição das caixas acústicas. "Música ambiente parece ser algo simples, mas não é. Além de o DJ precisar estar sempre atento ao volume das músicas, é necessário um sistema de som apropriado. Se as caixas forem colocadas de forma aleatória, haverão pontos de sombra, ou seja, em alguma mesas o som fica altíssimo, enquanto em outras não é possível distinguir o que está tocando", explica.

Que o diga o arquiteto e urbanista Ralph Sperka, que, por diversas vezes, viu-se obrigado a ir embora de bares e restaurantes por não aguentar a intensidade irregular do som ambiente. Aproveitando as péssimas experiências por que passou, unidas a seu bom gosto musical, Sperka não hesitou em aceitar o convite de um casal de amigos, proprietários do restaurante Zea Maïs, para que cuidasse da ambientação sonora do lugar, considerado um dos grandes destaques da gastronomia curitibana. "No início fiz algumas discotecagens sem compromisso, mas com o tempo a freqüência foi aumentando e percebemos que a música exercia um papel fundamental, que ajudava a reforçar a personalidade do cardápio e a atmosfera do restaurante", conta.

Assim, Ralph tornou-se o que costuma chamar de music designer do restaurante, mesmo sem nunca ter sido um DJ profissional. "Ser um music designer é ter o controle da textura da sonoridade de cada ambiente. É como projetar musicalmente o ambiente em questão, pensar em seus detalhes e acabamentos", define o arquiteto.

Para truduzir o conceito do Zea Maïs em forma de música, Ralph apostou na mistura de estilos, que vai de encontro ao público diferenciado que freqüenta o restaurante. Seu repertório vai do lounge contemporâneo aos clássicos do jazz, seleção tão bem recebida pelos clientes, que rendeu uma coletânea, distribuída aos habitués do local. "Tentei trazer o clima de uma ida ao restaurante no CD. A seqüência de músicas segue a idéia de entrada, prato principal e sobremesa, iniciando com uma música suave e envolvente para abrir o apetite e depois algo com mais ritmo e tempero. Para o final, algo inusitado e divertido com um sabor suave, mas marcante, como o cafezinho", compara.

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