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"Esse programa é um sobrevivente. Ele é forte! Se fosse qualquer outro, não estaria mais no ar." É assim que a apresentadora Christina Rocha define o Casos de Família, atração que comanda no SBT e que, após mudanças de horário e o risco de sair da programação, conseguiu fixar seu espaço nas tardes do canal. "Ir ao ar de segunda a sexta-feira, às 14h15, era o que eu mais queria. Esse é o momento em que a dona de casa já levou o filho para a escola e está sozinha em casa", complementa Christina.

A atração, que chegou a ser exibida apenas uma vez por semana e à noite, vem, desde março, tentando recuperar a audiência. Atualmente, registra média de cinco pontos, segundo o Ibope (cada ponto equivale a 65 mil domicílios na Grande São Paulo), ocupando o segundo lugar no horário. "De olho no público feminino, pensamos em abordar temas que fazem parte do cotidiano da dona de casa. Situações que possam levá-la a refletir, como um caso que gravamos com filhas que guardam mágoa de suas mães e que tentam uma reconciliação", comenta o diretor Rafael Bello Lopes.

Mas, segundo a apresentadora , a atração está longe de querer ser a dona da verdade ou de arranjar soluções mágicas para os problemas dos participantes. "Não temos esse poder. A mulher pode vir ao programa reclamar que é maltratada pelo marido e não conseguir resolver isso, mesmo depois do apoio da nossa psicóloga", diz. "De qualquer forma, ela veio ao estúdio, desabafou e fez um alerta para quem está em casa", complementa.

Em quase seis anos no comando do Casos, Christina coleciona histórias de pessoas que foram influenciadas pela atração. "Uma senhora me parou na rua uma vez e disse que começou a entender o preconceito que o neto gay sofria depois de assistir ao programa. E que assim ela passou a aceitar a orientação sexual dele", diz.

Novos assuntos

Segundo o diretor, os temas atuais têm nascido de sugestões enviadas pelo telespectador por meio do site do programa e dos próprios participantes. "Esse contato com o público pela internet é uma novidade para a produção. As pessoas se inscrevem, contam suas histórias e podem sugerir temas. Muitas vezes, uma frase que dizem na gravação vira o assunto principal", diz.

Christina avalia que a curiosidade pela vida alheia também tem sido um trunfo da atração. "Todo o mundo quer saber o que está acontecendo com os outros e, com isso, muitas vezes, as pessoas descobrem que determinado problema não é exclusividade delas. Que muita gente passa pelos mesmos dramas", acredita.

Segundo a apresentadora, a atração é querida por Silvio Santos, dono do SBT, e, por isso, passou por tantos testes antes de se fixar na programação novamente. "Ele entende que, quem vem ao programa também fica feliz, conhece um estúdio de tevê pela primeira vez. A pessoa ganha R$ 100, faz cabelo e maquiagem e ainda pode encontrar um artista."

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