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O Café Literário com o cartunista Laerte Coutinho e o roteirista Marçal Aquino foi um dos pontos altos do evento | Divulgação
O Café Literário com o cartunista Laerte Coutinho e o roteirista Marçal Aquino foi um dos pontos altos do evento| Foto: Divulgação

Último dia

A 1ª Bienal do Livro Paraná chega hoje ao fim. Mas ainda há opções para todos os gostos.

Confira os destaques:

Formosos Monstros

Com Cléo Busatto, às 12h30.

O Espaço da Literatura e do Leitor na Imprensa

Com o jornalista João Gabriel de Lima e mediação de Paulo Camargo, editor do Caderno G, às 14 horas, no Café Literário.

Liberdade de Imprensa e Expressão

Marcelo Madureira, do Casseta & Planeta, convesa com o jornalista Gladimir Nascimento no Espaço Livre, às 17h30.

A presença de Laerte Coutinho no Café Literário, na noite da última quarta-feira (6), foi um ponto alto da 1.ª Bienal do Livro Paraná. Afinal, não apenas em Curitiba, mas em eventos similares realizados em outras cidades brasileiras, são os convidados, e não necessariamente o comércio de livros, que atraem o público. No caso de Laerte, então, havia um interesse a mais.

O artista atravessa um período de turbulência, que ele reconhece, e se traduz na opção em se apresentar em público usando roupas e acessórios femininos. Na mais recente edição da Revista Bravo!, ele se deixou fotografar com corte de cabelo chanel e esmalte vermelho nas unhas das mãos, o que se repetiu durante o bate-papo na Bienal.

No entanto, não foi meramente pela indumentária no mínimo pouco convencional que Laerte pode ser apontado como o destaque do evento. Ele falou com desenvoltura sobre diversos assuntos, de quadrinhos à cinema, de televisão à adaptações de um gênero para outro. Ao seu lado, o escritor e roteirista Marçal Aquino (Cabeça a Prêmio) também esquentou a temperatura do bate-papo. Ambos responderam a perguntas do público, algumas sem o menor sentido e, apesar disso, os dois convidados se saíram bem. Ao final, Laerte foi muito aplaudido.

Mas outros Cafés Literários também viabilizaram ao público discussões pertinentes, a exemplo do encontro de Cléo Busatto com Rodrigo Lacerda, no dia 2, e da conversa de José Castello com Cristovão Tezza, na última terça-feira. A procura por esses bate-papos foi tamanha que a organização teve de colocar caixas de som no lado de fora do espaço envidraçado, com capacidade para 90 pessoas (ampliada para 115 durante as mesas-redondas).

A opção por autores não óbvios, como os jovens e talentosos escritores Carlos de Brito e Mello e Manoela Sawitzki, também pode ser computada na lista de pontos positivos. Ja a ausência de respeitados autores locais, como Paulo Venturelli e Ro­­berto Gomes, foi sentida por al­­guns fre­­­quentadores do evento con­­­­sul­­tados pela reportagem.

Sandro Dalpícolo e Jorge Narozniak participaram do lançamento de dois livros sobre os 50 anos da RCPTV durante a Bienal que, entre os lançamentos, teve a ventura de oferecer ao público a nova edição da História da Inteligência Brasileira, de Wilson Martins (1921-2010), que tem o selo da Editora da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

Neste domingo (10), Affonso Romano de Sant’Anna e Miguel Sanches Neto, colunista da Gazeta do Povo, entram em cena, a partir das 19 horas, na sala Eventos No­­bres, e falam sobre Martins, o ho­­menageado do evento.

Formação de plateia

A diretora de varejo da Livrarias Curitiba, Leoni Cristina Pedri, analisa que a 1.ª Bienal do Livro Paraná foi um evento que merece respeito por colocar o livro no centro das discussões. Do ponto de vista do retorno financeiro, as vendas ficaram aquém do desejado, mas Leoni observa que a empresa investiu na Bienal com objetivos de longo prazo (o maior estande é do grupo, com 270 metros quadrados, cenário para 22 sessões de autógrafos e onde 17 grandes editoras exibiram as suas obras).

"A Bienal não repercutiu na cidade como um todo, mas temos fé que nas próximas edições a situação melhore", diz Leoni, lembrando ainda que a visitação escolar em massa merece aplausos, pelo fato de estimular o interesse pelo livro.

De acordo com Tatiana Zaccaro, gerente de negócios da Fagga, promotora da Bienal, pelo menos 30 mil estudantes eram esperados. Os números finais de público devem ser conhecidos ao fim do evento.

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