Christopher Hitchens, autor de A Vitória de Orwell (Companhia das Letras) e Deus Não É Grande (Ediouro), publicou um texto emocionante no site da revista Vanity Fair semana passada falando sobre a experiência de estar tratando um câncer no esôfago. Um ateu notório, Hitchens faz polêmica até quando não quer e, depois de escrever sobre sua doença, recebeu vários comentários de leitores, muitos deles tentando, finalmente, convertê-lo à religião. Outros diziam apenas que o incluíam nas suas orações.
A reação de Hitchens foi típica. Ele disse que não se incomoda que as pessoas rezem por ele, "pressupondo que estão rezando para eu melhorar", disse ao jornal The New York Times.
Alguns leitores estavam curiosos para saber se Hitchens se converteria caso conseguisse superar o câncer. Ele dispensou essa possibilidade com alguns impropérios. Para o escritor, que foi diagnosticado enquanto viajava promovendo o seu livro de memórias, Hitch 22 (inédito em português), é "desprezível" se voltar para a religião em busca de conforto. "É a literatura e não as escrituras que sustenta a mente e também, na falta de outra metáfora, a alma", diz.
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