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Com viola caipira, bateria, kazoo e vocal, o músico faz uma mistura de blues, rock e punk | Paulo Tristano/Divulgação
Com viola caipira, bateria, kazoo e vocal, o músico faz uma mistura de blues, rock e punk| Foto: Paulo Tristano/Divulgação

Serviço

O Lendário Chucrobilly Man

Teatro da Caixa (R. Cons. Laurindo, 280), (41) 2118-5111. Dia 10, às 20 horas. R$ 10 e R$ 5 (meia-entrada). Últimos ingressos. A bilheteria abre nesta terça-feira, excepcionalmente das 10h às 12h30; de quarta a sábado, das 12h às 20h, e domingo, das 16h às 19 horas.

Quem já viu O Lendário Chucrobillyman em algum porão do underground curitibano pôde constatar que os inferninhos são oportunos para o seu rock-and-roll em estado bruto, sujo e em altíssimo volume. Mas também pôde ver um talento extraordinário na performance da "monobanda" curitibana encarnada pelo paulista Klaus Koti, que se divide entre viola caipira eletrificada (ou cigar box guitar), bateria, vocal e kazoo para criar um som divertido e bem-feito.

Foi apostando nesta notável habilidade do músico que o produtor curitibano Alvaro Collaço, idealizador da Série Solo Música, escalou O Lendário Chucrobillyman para figurar entre instrumentistas renomados do sexto ano do projeto sediado no Teatro da Caixa, onde Koti se apresenta nesta quinta-feira. Os últimos ingressos entram à venda hoje, às 10 horas.

A banda de um homem só toca um mês depois da pianista Eudóxia de Barros, e um antes do clarinetista Paulo Sérgio Santos – ambos ligados ao mundo erudito, que, junto com o circuito instrumental, prevalece na programação do Solo Música. O contraste com o punk blues de Koti, no entanto, não interfere no conceito do projeto, de acordo com Collaço.

"O Solo Música foi criado como uma série de música solo, e não de um gênero específico", explica o produtor, que costuma assinar produções ligadas também à MPB. "O Chucrobillyman atende ao que imagino para o Solo Música. Ele tem um trabalho consolidado e muito bem-feito, é um artista local e apresenta o formato solo de forma mais ampla do que apenas dois ou três estilos musicais, gerando visibilidade de um público para quem o Solo Música era invisível, e trazendo diversidade", enumera.

Para Koti, o desafio é levar seu show barulhento e de espírito tosco para uma plateia de teatro – em geral mais compenetrada que o público de bares e festivais. "Nesses lugares as pessoas interagem com o show de uma maneira diferente", conta Koti, que diz ter feito algumas adaptações em sua apresentação para a série. "Peguei músicas do repertório que toco nos bares, algumas novas, e dei uma cara diferente para elas, com mais dinâmica. Algumas são mais introspectivas. Mas para mim é novidade. O Alvaro [Collaço] disse que funciona, mas não sei se funciona não", brinca o músico, que já se apresentou em Fortaleza e toca em Brasília por meio do Solo Música.

O músico também tem projetos coletivos, mas diz ter sido atraído pelo formato de monobanda pelas possibilidades de experimentação e improviso. "Na monobanda, você tem de tentar dar outros significados para os instrumentos, reinventá-los. Você está sempre criando, construindo em casa", explica Koti. "E neste formato você tem uma liberdade que não tem com uma banda ao tocar ao vivo, porque pode mudar a música na hora que quiser, sem ter de ensaiar. São dois processos diferentes."

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