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Uma filmadora é a protagonista do último filme da série. | Paramount Pictures/Divulgação
Uma filmadora é a protagonista do último filme da série.| Foto: Paramount Pictures/Divulgação

Dito episódio final da franquia de cinco capítulos e dois spin-offs, “Atividade Paranormal 5: Dimensão Fantasma” encerra a série de cinema com mais do mesmo. Embora venha em versão 3D e mostre pela primeira vez o demônio Toby, o grande vilão da história criada por Oren Peli, a nova produção não arrisca mexer nos elementos que tornaram a série conhecida, tenham eles méritos ou não.

De forma direta, o roteiro escrito por cinco autores revela finalmente o que está por trás da possessão de Katie (Katie Featherston), do sequestro de Hunter, das presenças das bruxas na infância das irmãs Katie e Kristi e, claro, o que pretende o demônio. E tudo está ligado à família Fleege, que nada sabe de todas essas barbaridades.

Quando vão montar a decoração de Natal em casa, o pai Ryan Fleege (Chris J. Murray) e seu irmão Mike (Dan Gill) encontram uma caixa com fitas VHS e uma filmadora antiga na garagem. Nos vídeos, estão as imagens da infância de Katie e Kristi (terceiro filme) que mostram até elas sendo “treinadas” por um senhor que participa da congregação de bruxas (quarto filme).

A própria filmadora também é uma curiosidade, porque é capaz de captar as presenças malignas na casa, o que Ryan e sua mulher Emily (Brit Shaw) logo percebem. E tudo aponta para a filha do casal, a pequena Leila (Ivy George), que conversa com o “amigo” Toby, que ninguém vê, mas aparece na câmera.

Sem dúvida, seria preciso assistir aos filmes anteriores para entender o que se passa na tela de forma integral. Ainda assim, por si só o quinto capítulo consegue dialogar com o espectador não iniciado, ou “marcado”, para usar a mesma linguagem dos filmes, como o spin-off “Marcados pelo Mal” (2014).

Dirigido desta vez por Gregory Plotkin, que trabalhou como editor das últimas produções, “Dimensão Fantasma” mantém a fórmula, com as mesmas divisões narrativas (do início tímido ao descontrole final), as câmeras trêmulas, as viagens de tempo e espaço. Pelo menos desta vez faz mais sentido o protagonista usar uma câmera para fugir.

A versão em 3D serve, aqui, para potencializar os sustos, recorrentes, e os efeitos especiais utilizados na composição do demônio. Há que precisar, no entanto, que como grande parte das cenas é muito escura, pouco se aproveita desse recurso.

Por onde quer que se analise, o encerramento da franquia mostra quão bem-sucedida ela foi desde 2007. Os seis filmes reunidos não custaram mais de 18 milhões de dólares e só os cinco primeiros arrecadaram 811 milhões de dólares pelo mundo.

Não deixa de ser notável que, mais uma vez, os roteiristas tenham deixado espaço para o humor, principalmente com o personagem Mike como alívio cômico. Esta é a melhor parte do filme.

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