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O documentário A Fotografia Oculta de Vivian Maier é sobre duas obsessões.

A primeira delas é a de uma mulher solitária que trabalhava como babá para ganhar a vida enquanto dedicava dinheiro, tempo e talento (o artigo mais raro dos três) para fotografar pessoas, cenas e detalhes das ruas de Chicago nos anos 1950.

A segunda obsessão é a de um jovem corretor de imóveis chamado John Maloof. Afeito a lojas de antiguidades e mercados de pulgas, ele participou de um leilão em que comprou um lote de ampliações e negativos de fotografias tiradas por Vivian Maier. Milhares deles.

Nesse ponto da história, 2007, Vivian ainda não existia como fotógrafa. Era apenas alguém com uma personalidade arredia e uma câmera Rolleiflex nas mãos. Maloof procurava imagens antigas de um bairro de Chicago, mas não as encontrou na primeira revirada que deu no baú da srta. Vivian.

Um ano mais tarde, voltou ao material e se tornou obcecado por ele. Embora não fosse especialista, ele buscou ajuda. Mostrou o trabalho de Vivian para quem entende de fotografia e, tempo depois, descobriu que havia encontrado algo muito valioso.

O fascínio e a dedicação de Maloof ao trabalho de Vivian são tão envolventes quanto o talento dela como fotógrafa. Ele transformou a curadoria do acervo dela numa missão. E é assustador imaginar o que teria acontecido aos negativos e ampliações se eles nunca viessem a público.

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