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Kristen Stewart, musa da vez de Woody Allen, ao lado do diretor durante a apresentação de “Café Society” para a imprensa  nesta quarta-feira (11). | Valery Hache/AFP
Kristen Stewart, musa da vez de Woody Allen, ao lado do diretor durante a apresentação de “Café Society” para a imprensa nesta quarta-feira (11).| Foto: Valery Hache/AFP

O Festival de Cannes, que durante duas semanas apresentará mais de 80 filmes e reunirá estrelas e cineastas de todo o mundo, começa nesta quarta-feira com “Café Society”, o longa-metragem mais recente do americano Woody Allen.

Financiada pela gigante do comércio on-line Amazon, a produção conta a história de um jovem judeu nova-iorquino (Jesse Eisenberg) que se muda para Hollywood nos anos 1930, com a esperança de trabalhar na indústria do cinema.

Esta é a terceira vez que um filme de Woody Allen, de 80 anos, abre o Festival de Cannes, depois de “Dirigindo no Escuro”, em 2002, e “Meia-Noite em Paris”, em 2011.

Festival

Atores como Russell Crowe, Robert De Niro, Julia Roberts e George Clooney devem passar pelo tapete vermelho na Riviera Francesa nos próximos dias.

Os primeiros a subir a escada do Palácio dos Festivais serão os americanos Kristen Stewart e Jesse Eisenberg, para a exibição fora de competição de “Café Society” a partir das 17h15 GMT (14h15 no horário de Brasília).

Do irlandês Ken Loach, de quase 80 anos, ao “menino prodígio” canadense Xavier Dolan, de apenas 27 – ambos adorados em Cannes –, a nata da Sétima Arte mundial se reunirá até 22 de maio para duas semanas do melhor cinema disponível no planeta.

Palma de Ouro

Cinema brasileiro

A edição de 2016 marca o retorno do Brasil à disputa da Palma de Ouro, com o filme “Aquarius”, segundo longa-metragem do diretor pernambucano Kleber Mendonça Filho, ex-crítico de cinema. O filme tem como protagonista a atriz Sonia Braga, no papel de uma aposentada que resiste às mudanças a seu redor.

Alguns diretores já ganharam o Oscar e ambicionam a Palma de Ouro, como o iraniano Asghar Farhadi (“A Separação”), que apresenta “The Salesman” – a história de dois atores cuja relação passa por problemas durante a interpretação da peça “A Morte do Caixeiro Viajante”, de Arthur Miller.

Outros já venceram a Palma de Ouro duas vezes, caso dos irmãos belgas Luc e Jean-Pierre Dardenne, que sonham com a terceira vitória com “La fille inconnue”, a história de uma jovem médica que tem de lidar com a culpa.

Sem competição

“Café Society”, 48.º longa de Woody Allen, estreia fora da competição oficial da mostra. “Disputas são razoáveis nos esportes. Mas na arte é tudo subjetivo: não dá para julgar se Matisse é melhor do que Picasso”, disse o diretor, explicando por que não vê sentido em participar de mostras competitivas de cinema.

O sentimento de culpa também é o protagonista invisível – a mãe que pensa no que deixou de fazer pela filha – de “Julieta”, de Pedro Almodóvar, quinta tentativa do espanhol de vencer a Palma de Ouro, apesar de o diretor afirmar que pode viver sem a mesma.

O mais assíduo pretendente – 10 tentativas – é o americano Jim Jarmusch, considerado um filho do festival, que o viu conquistar a fama em 1984 com o prêmio Camera D’Or por “Estranhos no Paraíso”. Dessa vez, ele apresenta “Paterson”, com Adam Driver no papel de um motorista de ônibus poeta.

A Palma de Ouro será definida por um júri presidido pelo australiano George Miller e integrado por outros quatro homens e quatro mulheres.

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