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Filme retrata período da Guerra Civil pouco conhecido até para os americanos

“Um Estado de Liberdade”,com Matthew McConaughey, conta história real de rebeldes contra os confederados

Liderado por Newt Knight (Matthew McConaughey), grupo revoltoso tomou o condado de Jones, no Mississippi. | Divulgação/
Liderado por Newt Knight (Matthew McConaughey), grupo revoltoso tomou o condado de Jones, no Mississippi. (Foto: Divulgação/)

Em “Um Estado de Liberdade”, o diretor Gary Ross parece querer cobrir todos os lados de uma história real cuja demora em ser transformada em filme causa surpresa, tamanha a quantidade de elementos fascinantes. Ross, que tem no currículo filmes como “Quero Ser Grande”, “A Vida em Preto e Branco” e “Seabiscuit”, surpreendentemente patinou produzindo um filme de guerra errático e caricato, que desperdiça um material rico e um elenco excelente, encabeçado por Matthew McConaughey.

A história em que o longa é baseado ocorreu no condado de Jones, no Mississippi, e é pouco conhecida até para os americanos, incluindo diretor e ator principal. Começa ainda durante a Guerra Civil (1861-1865) e narra como um grupo de desertores, escravos e mulheres do condado de Jones, no Mississippi, se rebelaram contra a Confederação, que representa a força do Sul, escravocrata e ruralista.

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McConaughey interpreta Newt Knight, agricultor que trabalha nos campos de batalha coletando e carregando os soldados feridos até o hospital confederado. Apesar de manter o espírito crítico, ele está resignado com seu papel na batalha. “Essa é uma guerra de homens ricos, mas uma luta de homens pobres”, frase emblemática do período, é repetida pelos personagens e simplifica para o público essa confusa aula de História.

Quando um sobrinho morre em seus braços, Knight decide desertar para levar o corpo para ser enterrado em casa. A mulher, Serena (Keri Russell) fica preocupada, já que a punição para quem deixa a guerra é o enforcamento. A situação piora quando ele intervém na coleta de taxas que oficiais confederados realizam nas fazendas vizinhas.

“Essa é uma guerra de homens ricos, mas uma luta de homens pobres”, frase emblemática do período, é repetida pelos personagens e simplifica para o público essa confusa aula de História.

Perseguido, encontra abrigo no pântano, onde também se escondem os escravos fugidos. Um deles, Moses (Mahersala Ali, de “House of Cards” e “Luke Cage”, em performance ‘rouba cena’) logo torna-se um aliado na resistência, que toma contornos mais violentos à medida que novos desertores voltam do front. Sob liderança de Newt, os revoltosos tomam o condado e se declaram independentes.

Só os acontecimentos de Jones no século 19 seriam suficientes para rechear este e mais uma dúzia de filmes. Mas Ross decidiu dar saltos no tempo que comprometem o ritmo já complicado do filme. O objetivo, porém, era nobre: mostrar que, apesar de toda luta contra a opressão, os Knight do século seguinte também pagaram pelo relacionamento do líder dos revoltosos e da escrava Rachel (Gugu Mbatha-Raw), proibido pelas leis de segregação racial.

Cotação Caderno G: GG

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