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CINEMA

Filmes produzidos em Curitiba rodam o mundo

“Tarântula” e “Para Minha Amada Morta”, dos cineastas Marja Calafange e Aly Muritiba participam de diversos festivais, incluindo o badalado evento em Veneza

Aly Muritiba e Marja Calafange (e Marilyn Monroe) no sofá da produtora Grafo Audiovisual, em Curitiba: passaportes em dia. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Aly Muritiba e Marja Calafange (e Marilyn Monroe) no sofá da produtora Grafo Audiovisual, em Curitiba: passaportes em dia. (Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo)

25 mil quilômetros. É esta a distância que os filmes “Tarântula”, curta-metragem codirigido por Marja Calafange e Aly Muritiba, e “Para Minha Amada Morta”, longa-metragem do diretor baiano radicado em Curitiba, vão percorrer em festivais internacionais nos próximos meses de agosto e setembro.

Finalizados pela produtora Grafo Audiovisual no ano passado, ambos foram aceitos em vários eventos importantes neste período. O suspense “Tarântula” (assista ao teaser), por exemplo, estreia no Festival de Veneza, que começa em agosto (uma das três produções nacionais selecionadas) e depois passa por Inglaterra e França. “Para Minha Amada Morta” estreia em Montreal, no Canadá, e depois será exibido em San Sebastián, no País Basco, e ainda no festival de Amiens na França, já em novembro.

Os dois filmes também estão na seleção do Festival de Brasília, e o feito irá obrigar a dupla de cineastas a se separar na viagem. Marja fica na Europa, e Muritiba volta ao Brasil para defender seu longa na mostra principal.

Na sua primeira viagem internacional, Marja afirma que a grande “compensação é que o filme seja visto e se comunique com públicos muito diferentes”.

Para Muritiba, veterano em festivais, há outras vantagens mais “mensuráveis”. “Atrai atenção de críticos e curadores, visibilidade que facilita a viabilização dos próximos projetos. Também há chance de o filme ganhar algum prêmio em dinheiro e aumentam as chances de venda para alguns canais de tevê fechada”, avalia.

Dupla

Muritiba, diretor de “A Fábrica” (pré-indicado ao Oscar em 2012), garante que este tipo de preocupação não passa pela cabeça de um diretor antes do filme estar concluído. “Antes de finalizar, a gente só pensa em fazer o filme que está na nossa cabeça. Depois, a produtora pensa numa estratégia de como lançá-lo melhor. Estreando em um festival como o de Veneza, a chance de que o filme faça carreira bonita aumenta exponencialmente”, disse.

A dupla de cineastas nordestinos radicados em Curitiba se encontrou por acaso em 2010. Marja conheceu o trabalho de Aly e o procurou para mostrar a ideia de um argumento. Com estéticas e temperamentos afinados, a dupla se uniu para a produção do curta. Deu tão certo que o próximo projeto será conjunto, um longa de terror que se passa na Zona da Mata nordestina. “Não falamos o que pensamos sem medo de magoar o outro. Além disso, ele trabalha melhor com atores e eu com direção de arte”, avalia Marja. O longa “Para A Minha Amada Morta” é um misto de “drama com thriller” sobre um sujeito que perde a mulher e descobre um segredo sobre ela. Estrelado por Fernando Alves Pinto, o filme estreia no Brasil em março de 2016.

Veja o teaser de “Tarântula”:

TARÂNTULA teaser 1 from GRAFO Audiovisual on Vimeo.

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