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“Mundo Cão” é o grande desafio de Marcos Jorge

Oito anos depois de “Estômago”, diretor curitibano constrói uma nova história de justiça e vingança

Milhem Cortaz e Lázaro Ramos em cena de “Mundo Cão” | Divulgação
Milhem Cortaz e Lázaro Ramos em cena de “Mundo Cão” (Foto: Divulgação)

A história de “Mundo Cão”, filme do curitibano Marcos Jorge que estreia nesta quinta (17), se passa em São Paulo, mas teve origem no bairro do Portão, na capital paranaense. Era a década de 1970, quando, ainda criança, o cineasta via a famosa “carrocinha” recolhendo os cães soltos na rua. Quem diria que, quatro décadas depois, essas lembranças iriam ser o ponto de partida para uma história de justiça e vingança.

“Queria fazer um filme sobre violência urbana, que tivesse uma situação envolvendo pai e filho. E sempre com a imagem na cabeça de um desses ‘caubóis’ laçando cachorros. Assim nasceu ‘Mundo Cão’”, conta o diretor de São Paulo, onde se estabeleceu desde que começou a rodar o filme, em 2012. De Curitiba guarda não apenas lembranças da infância, mas do longa de estreia, “Estômago” (2007), filmado na cidade e que arrebatou público, crítica e uma penca de prêmios.

Confira no Guia onde assistir ao filme

Após o sucesso vieram “Corpos Celestes” (2010) e “O Duelo” (2012), lançados sem grande alarde e o apelo popular do primeiro filme. Agora, um novo desafio está lançado, com uma produção de maior orçamento, distribuída pela Globo Filmes e estrelada por Lázaro Ramos e Adriana Esteves.

Sempre tive o desejo de fazer um suspense , mas com uma pitada de comédia. Acho que está faltando suspense no cinema brasileiro e a gente tem capacidade

Marcos Jorge diretor de “Mundo Cão”

“Foi um filme desafiador em todos os sentidos”, afirma Jorge, ressaltando não apenas a expectativa do público, mas também o processo de filmagem, que envolveu muitas tomadas externas e as cenas com os cães. Apesar das semelhanças com “Estômago”, classificado como uma comédia dramática de humor negro, ele enfatiza que “Mundo Cão” tem outra pegada. “É um filme de suspense, com reviravoltas, onde eu procuro puxar o tapete do espectador”.

É na relação com o público que está um dos trunfos de Marcos Jorge, na opinião de quem já trabalhou com ele. Fernando Severo, que conheceu o diretor adolescente e codirigiu “Corpos Celestes”, diz enxergar mudanças na linguagem. “É difícil falar em evolução porque ele começou em um patamar muito alto. O que ele vem aperfeiçoando é o diálogo com o público, fazendo filmes sofisticados, mas com apelo popular”, avalia.

Disposição para explorar novos caminhos não falta a Marcos Jorge, que trabalha atualmente em dois longas e uma série. Os detalhes ainda são mantidos em sigilo. “Mas são projetos grandes, coisas mais ambiciosas”, assegura.

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