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Na trama, a Terra é invadida por games criados por alienígenas. | Divulgação
Na trama, a Terra é invadida por games criados por alienígenas.| Foto: Divulgação

“Pixels” tinha tudo para ser um filme divertido, principalmente para aqueles que frequentaram fliperamas ou jogaram o saudoso Atari, videogame mais popular da década de 1980. Afinal, quem poderia imaginar personagens como Pac-Man, Donkey Kong ou as naves de Space Invaders ganhando a tela grande, interagindo com atores reais? E tem Adam Sandler, amado e odiado, por vezes irritante, mas que ainda consegue arrancar algumas risadas.

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Não que o filme de Chris Columbus (de “Esqueceram de Mim” e alguns episódios da franquia “Harry Potter”) não tenha seus momentos divertidos, mas ele fica muito aquém do que teria a oferecer. A história começa em 1982, quando o adolescente Brenner, um ás do videogame, perde a final de um campeonato e a chance de virar uma celebridade. Quando adulto (já na pele de Sandler), o melhor amigo, Cooper (Kevin James), se torna presidente dos Estados Unidos, enquanto ele é um mero instalador de equipamentos eletrônicos.

Tudo muda quando uma base militar americana é alvo de um misterioso ataque, vindo de naves espaciais luminosas. Na verdade, trata-se de uma ação extraterrestre, motivada por um vídeo do campeonato de videogame de 82 lançado ao espaço numa tentativa de contatar possíveis vidas fora da Terra. As imagens são interpretadas como uma declaração de guerra na forma dos antigos jogos eletrônicos.

Quem poderá salvar o planeta? Sim, Brenner com a ajuda de Ludlow (Josh Gad), outro amigo de infância apelidado à época de “menino-prodígio”, e Eddie (Peter Dinklage, o anão Tyrion Lannister de “Game of Thrones”). Como não poderia faltar um personagem feminino, ele fica a cargo de Violet (Michelle Monaghan), uma cientista que também entra para o time de enfrentamento aos videogames.

Tudo bem que em um filme desses não era de se esperar um roteiro dos mais brilhantes, mas até mesmo as piadas soam batidas. Mesmo as referências à década de 80 parecem forçadas e, se para quem é familiarizado com a época não funcionam direito, imagine com uma plateia mais jovem. Aqueles que seriam os verdadeiros protagonistas, os personagens de videogame, perdem seu charme ao aparecerem como figurantes que entram em cena apenas para serem destruídos.

Entre os poucos méritos de “Pixels” está o ótimo Peter Dinklage, que, com seu estilo canastrão e sarcástico, é responsável pelos momentos mais divertidos. Destaque também para a participação de Toru Iwatani, o japonês que idealizou o Pac-Man e interpreta a si mesmo em um encontro surreal entre criador e criatura.

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