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“O Sono da Morte” explora o mundo dos sonhos | James Bridges/Divulgação
“O Sono da Morte” explora o mundo dos sonhos| Foto: James Bridges/Divulgação

O mundo dos sonhos é um terreno fértil para a ficção. No cinema principalmente, pois os sonhos podem ser materializados de diversas maneiras, e tudo é permitido.

“O Sono da Morte”, de Mike Flanagan, mostra um menino, Cody (Jacob Tremblay, de “O Quarto de Jack”), com o poder de ter seus sonhos materializados. O problema é que não são só os bons sonhos, mas também os pesadelos.

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Isso faz com que o menino seja sempre largado após algum evento traumático e nunca encontre um verdadeiro lar. Ser órfão parece ser sua eterna condição. Assustado com o que pode causar enquanto dorme, Cody segue fielmente uma dieta à base de café.

Um jovem casal formado por Jessie (Kate Bosworth) e Mark (Thomas Jane), traumatizados pelo afogamento acidental do pequeno filho Sean, adota Cody, e logo percebe o estranho dom do menino.

Em tese, “O Sono da Morte” seria menos um filme de horror do que uma fábula. Algo como um filme de Guillermo Del Toro ou de Tim Burton, diretores que flutuam entre os dois registros

Em tese, “O Sono da Morte” seria menos um filme de horror do que uma fábula. Algo como um filme de Guillermo Del Toro ou de Tim Burton, diretores que flutuam entre os dois registros. O próprio Mike Flanagan insiste nesse ponto em entrevistas.

Sua forma, porém, está repleta de códigos do horror, como o trabalho intensivo com sombras, os sustos repentinos acompanhados de fortes ruídos, a ênfase em reações misteriosas e a tradicional exploração do medo do escuro.

Esses códigos prejudicam um pouco o filme, pois atenuam seu ponto central: a aceitação, por mãe e pai, de um filho especial, que pode muito bem ser confundido com um monstro (aquilo que não entendemos).

O trabalho com os atores não ajuda. Tremblay não está bem como em “O Quarto de Jack”, e Thomas Jane está mais canastrão do que nunca. Só Bosworth está bem.

Por outro lado, o roteiro de Flanagan e Jeff Howard é bem estruturado e dá conta da boa ideia inicial. E a direção de Flanagan no campo visual é correta, explorando bem as cores e o claro-escuro, tão valioso nas artes visuais.

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