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“Que Horas Ela Volta?” lidera a disputa, com 14 indicações | Divulgação/
“Que Horas Ela Volta?” lidera a disputa, com 14 indicações| Foto: Divulgação/

Quando a equipe de “Aquarius” fez o protesto no tapete vermelho do Festival de Cannes, em maio, o filme de Kleber Mendonça Filho deixou de ficar restrito aos cadernos culturais e foi parar na primeira página de muitos jornais. Esse grito político serviu de inspiração para o 15º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, cuja cerimônia acontece nesta terça-feira (4), às 20h30, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, com transmissão ao vivo pelo Canal Brasil.

No ano em que “Que Horas Ela Volta?”, de Anna Muylaert, lidera as indicações (14, no total) ao prêmio mais importante do cinema nacional, o diretor artístico do evento, Rafael Dragaud, quer que diferentes extratos da sociedade utilizem a noite de gala para se expressar — a começar pelos próprios espectadores, que poderão projetar frases num telão usando a hashtag #GPdoCinema, no Twitter.

“O tema este ano é ‘manifesto’. O que aconteceu [em Cannes] me fez lembrar que vivemos numa época em que recorremos às redes sociais e questionamos se existem limites para uma manifestação. Mas o espetáculo não será partidário: a interatividade está a serviço de uma linguagem. As pessoas poderão enviar mensagens sobre os concorrentes. Afinal, a noite é para celebrar o cinema”, pondera Dragaud, responsável pela direção das duas últimas edições do “Criança Esperança”.

Ele assume o lugar do diretor teatral Ivan Sugahara, que deixou o comando o GP do Cinema depois de três edições por “uma questão de variar estilos e dar oportunidades a outros diretores talentosos entre os tantos que temos”, segundo Jorge Peregrino, vice-presidente da Academia Brasileira de Cinema, que organiza o prêmio.

O homenageado do ano será o cineasta Daniel Filho, dos dois “Se Eu Fosse Você” (2006 e 2009). Mas, dado o teor político da edição, Dragaud optou por fazer também um tributo a outro expoente da cultura nacional: a cantora Cássia Eller — perfilada no filme homônimo de Paulo Henrique Fontenelle, indicado a melhor longa documentário.

“O rock é um gênero de manifestação, grito”, justifica Dragaud, adiantando que a cerimônia vai contar com uma apresentação da atriz Tacy Campos, que interpretou a cantora no teatro. “Além disso, vamos convidar cerca de 60 fãs da Cássia para subir ao palco do Municipal e cantar.”

Por fim, todo o receptivo da cerimônia será feito por pessoas trans, homens e mulheres, como forma de celebrar a diversidade. “São 26 pessoas trans, que também serão assistentes de palco. É um grupo que luta por inclusão, algo que apoio de maneira apaixonada”, diz Dragaud.

Confira a relação completa dos indicados:

Melhor longa-metragem de ficção

“A história da eternidade”, de Camilo Cavalcanti

“Ausência”, de Chico Teixeira

“Califórnia”, de Marina Person

“Casa grande”, de Fellipe Gamarano Barbosa

“Chatô – O rei do Brasil”, de Guilherme Fontes

“Que horas ela volta?”, de Anna Muylaert

“Tudo que aprendemos juntos”, de Sérgio Machado

Melhor longa-metragem documentário

“Betinho, a esperança equilibrista”, de Victor Lopes

“Campo de jogo”, de Eryk Rocha

“Cássia Eller”, de Paulo Henrique Fontenelle

“Chico – Artista brasileiro”, de Miguel Faria Jr

“Últimas conversas”, de Eduardo Coutinho

Melhor longa-metragem comédia

“Infância”, de Domingos Oliveira

“Pequeno dicionário amoroso 2”, de Sandra Werneck

“S.O.S. mulheres ao mar 2”, de Cris D’Amato

“Sorria, você está sendo filmado”, de Daniel Filho

“Super pai”, de Pedro Amorim

Melhor longa-metragem animação

“Até que a Sbórnia nos separe”, de Otto Guerra

“Ritos de passagem”, de Chico Liberato

Melhor direção

Anna Muylaert (”Que horas ela volta?”)

Camilo Cavalcanti (”A história da eternidade”)

Chico Teixeira (”Ausência”)

Daniel Filho (”por Sorria, você esta sendo filmado”)

Eduardo Coutinho (”Últimas conversas”)

Eryk Rocha (”Campo de jogo”)

Fellipe Gamarano Barbosa (”Casa grande”)

Melhor atriz

Alice Braga (”Muitos homens num só”)

Andréa Beltrão (”Chatô – O rei do Brasil”)

Dira Paes (”Órfãos do Eldorado”)

Fernanda Montenegro (”Infância”)

Marcélia Cartaxo (”A história da eternidade”)

Regina Casé (”Que horas ela volta?”)

Melhor ator

Daniel de Oliveira (”A estrada 47”)

Irandhir Santos (”Ausência”)

João Miguel (”A hora e a vez de Augusto Matraga”)

Lázaro Ramos (”Tudo que aprendemos juntos”)

Marco Ricca (”Chatô – O rei do Brasil”)

Melhor atriz coadjuvante

Camila Márdila (”Que horas ela volta?”)

Fabiula Nascimento (”Operações especiais”)

Georgiana Goes (”Casa grande”)

Karine Teles (”Que horas ela volta?”)

Leandra Leal (”Chatô – O rei do Brasil”)

Melhor ator coadjuvante

Ângelo Antônio (”A floresta que se move”)

Chico Anysio (”A hora e a vez de Augusto Matraga”)

Claudio Jaborandy (”A história da eternidade”)

Lourenço Mutarelli (”Que horas ela volta?”)

Marcello Novaes (”Casa grande”)

Melhor direção de fotografia

Adrian Teijido (”Órfãos do Eldorado”)

Bárbara Alvarez (”Que horas ela volta?”)

José Roberto Eliezer (”Chatô – O rei do Brasil”)

Lula Carvalho (”A hora e a vez de Augusto Matraga”)

Mauro Pinheiro Jr (”Sangue azul”)

Melhor roteiro original

Adirley Queirós (”Branco sai, preto fica”)

Anna Muylaert (”Que horas ela volta?”)

Camilo Cavalcanti (”A história da eternidade”)

Fellipe Gamarano Barbosa e Karen Sztajnberg (”Casa grande”)

Vicente Ferraz (”A estrada 47”)

Melhor roteiro adaptado

Domingos de Oliveira (”Infância”)

Guilherme Coelho (”Orfãos do Eldorado”)

Guilherme Fontes, João Emanuel Carneiro e Matthew Robbins (”Chatô – O rei do Brasil”)

Lusa Silvestre e Marcelo Rubens Paiva (”Depois de tudo”)

Manuela Dias e Vinícius Coimbra (”A hora e a vez de Augusto Matraga”)

Marcos Jorge (”O duelo”)

Melhor direção de arte

Ana Mara Abreu (”Califórnia”)

Ana Paula Cardoso (”Casa grande”)

Gualter Pupo (”Chatô – O rei do Brasil”)

Julia Tiemann (”A história da eternidade”)

Juliana Carapeba (”Sangue azul”)

Marcos Pedroso e Thales Junqueira (”Que horas ela volta?”)

Melhor figurino

André Simonetti e Claudia Kopke (”Que horas ela volta?”)

Beth Pilipecki e Reinaldo Machado (”A hora e a vez de Augusto Matraga”)

Elisabetta Antico (”A estrada 47”)

Gabriela Campos (”Casa grrande”)

Letícia Barbieri (”Califórnia”)

Rita Murtinho “Chatô – O rei do Brasil”)

Melhor maquiagem

Anna Van Steen (”Califórnia”)

Auri Mota (”Casa grande”)

Federico Carrette e Vicenzo Mastrantonio (”A estrada 47”)

Maria Lucia Mattos e Martín Macias Trujillo (”Chatô – O rei do Brasil”)

Tayce Vale e Vavá Torres (”A hora e a vez de Augusto Matraga”)

Melhor efeito visual

Bernardo Alevato e Isadora Hertz (”Órfãos do Eldorado”)

Guilherme Ramano (”Que horas ela volta?”)

Marcelo Siqueira (”Linda de morrer”)

Marcos Cidreira “Chatô – O rei do Brasil”)

Robson Sartori (”A estrada 47”)

Melhor montagem ficção

Alexandre Boechat (”A hora e a vez de Augusto Matraga”)

Felipe Lacerda e Umberto Martins (”Chatô – O rei do Brasil”)

Karen Harley (”Órfãos do Eldorado”)

Karen Harley (”Que horas ela volta?”)

Mair Tavares (”A estrada 47”)

Melhor montagem documentário

Carlos Nader e André Braz (”Homem comum”)

Diana Vasconcellos (”Chico – Artista brasileiro”)

Paulo Henrique Fontenelle (”Cássia Eller”)

Pedro Asbeg, EDT e Victor Lopes (”Betinho, a esperança equilibrista”)

Rodrigo Pastore (”Cauby – Começaria tudo outra vez”)

Melhor som

Acácio Campos, Bruno Armelim, Gabriela Cunha, Júlio César, Eric Ribeiro Christani e Caetano Cotrim (”Cássia Eller”)

Bruno Fernandes e Rodrigo Noronha (”Chico – Artista brasileiro”)

Evandro Lima, Waldir Xavier e Damião Lopes (”Casa grande”)

Gabriela Cunha, Miriam Biderman, ABC, Ricardo Reis e Paulo Gama (”Que horas ela volta?”)

José Moreau Louzeiro e Aurélio Dias (”A hora e a vez de Augusto Matraga”)

Mark Van Der Willigen, Marcelo Cyro, Pedro Lima e Sérgio Fouad (”Chatô – O rei do Brasil”)

Melhor trilha sonora original

Alexandre Guerra e Felipe de Souza (”Tudo que aprendemos juntos”)

Alexandre Kassin (”Ausência”)

Fábio Trummer e Vitor Araújo (”Que horas ela volta?”)

Patrick Laplan e Victor Camelo (”Casa grande”)

Zbgniew Preisner (”A história da eternidade”)

Zeca Baleiro (”Oração do amor selvagem”)

Melhor trilha sonora

Los Hermanos (”Esse é só o começo do fim das nossas vidas”)

Luiz Claudio Ramos, a partir da obra de Chico Buarque (”Chico – Artista brasileiro”)

Luiz Avellar (”A estrada 47”)

Nelson Hoineff, a partir da obra de Cauby Peixoto (”Cauby – Começaria tudo outra vez”)

Paulo Henrique Fontenelle, a partir da obra de Cássia Eller (”Cássia Eller”)

Melhor longa-metragem estrangeiro

“Birdman ou (A inesperada virtude da ignorância)”, de Alejandro G. Iñarritu

“Leviatã”, de Andrey Zvyagintsev

“O sal da terra”, de Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado

“Olmo e a gaivota”, de Petra Costa e Lea Glob

“Whiplash – Em busca da perfeição”, de Damien Chazell

Melhor curta-metragem de animação

“Até a China”, de Marão

“Égun”, de Helder Quiroga

“Giz”, de Cesar Cabral

“O quebra-cabeça de Tárik”, de Maria Leite

“Virando gente”, de Analúcia Godoi

Melhor curta-metragem documentário

“A festa dos cães”, de Leonardo Mouramateus

“Cordilheira de amora II”, de Jamille Fortunato

“De profundes”, de Isabela Cribari

“Entremundo”, de Renata Jardim e Thiago B. Mendonça

“Retrado de Carmen D.”, de Isabel Joffily

“Uma família ilustre”, de Beth Formaggini

“Praça de guerra”, de Edimilson Gomes

Melhor curta-metragem ficção

“História de uma pena”, Leonardo Mouramateus

“Loïe e Lucy”, de Isabella Raposo e Thiago Brito

“Outubro acabou”, de Karen Akerman e Miguel Seabra Lopes

“Quintal”, Andrés Novais

“Rapsódia de um homem negro”, de Gabriel Martins

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