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As bilheterias das salas de cinema do Brasil farão um controle mais rígido na venda de ingressos com meia-entrada a partir do próximo fim de semana. Carteiras emitidas por empresas privadas sem cunho educacional não serão mais aceitas. Até mesmo quem apresentar um documento emitido por alguma entidade estudantil em favor de empresas privadas não terá direito ao desconto.

De acordo com a Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas (Feneec), lanchonetes e rádios, entre outras empresas, imprimem o documento em parceria com instituições de ensino, através de promoções.

Um cartaz, assinado pela Federação, ficará exposto ao lado das bilheterias informando que "os cinemas estão desenvolvendo um esforço no sentido de identificar portadores de carteiras de estudante que não se qualificam como estudantes de ensino fundamental, nem médio e nem superior, condição necessária à obtenção da meia-entrada".

Em caso de dúvidas, os atendentes das bilheterias serão instruídos a pedir comprovação de matrículas, boletos de mensalidade ou até algum documento que prove a identidade do estudante. Carteiras de cursos de idiomas ou de informática também não serão aceitas.

O cartaz vai lembrar, ainda, que "a falsificação ou utilização de documento particular falso configuram práticas de crimes previstos nos artigos 298, 299 e 304 do Código Penal". Para Ricardo Difini Leite, presidente da Feneec, a regulamentação se faz necessária para corrigir algumas distorções que surgiram no mercado.

Até a segunda semana de maio, as bilheterias dos teatros do Rio de Janeiro também passarão a exigir, no ato da compra dos ingressos, comprovante de matrícula no curso indicado na carteirinha, ou comprovante pago da mensalidade daquele curso.

Segundo a Associação de Produtores Teatrais do Rio (APTR), haverá ainda uma campanha em TV e mídia impressa divulgando as novas exigências nas bilheterias e tentando conscientizar o público sobre o ato criminoso da falsificação de carteiras. Essa tentativa de conscientização já começou nas apresentações da peça "Renato Russo", no Teatro Vannucci, em que o ator Bruce Gomlevsky, numa locução em off antes da peça, diz que "falsificar carteira de estudante é crime".

— A idéia é, mais tarde, juntarmos nossa campanha à do cinema — diz Eduardo Barata, presidente da APTR, ressaltando que, hoje, 80% da bilheteria de teatro são de meia-entrada.

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