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Conhecido mundialmente pela série Sandman, o escritor inglês Neil Gaiman marcou inicialmente seu nome no mundo dos quadrinhos com a recriação de um personagem até então obscuro da DC Comics: Orquídea Negra. Lançada em 1988 nos EUA, a minissérie da diferente heroína chegou ao Brasil dois anos depois pela editora Globo, sendo republicada em 2003 pela Opera Graphica Editora, que agora coloca no mercado os três capítulos da história em uma edição única de luxo, com capa dura.

Gaiman fez Orquídea Negra (156 págs., R$ 49) em parceria com o artista plástico e ilustrador Dave McKean – também britânico e responsável pela espetacular arte de outro trabalho clássico dos quadrinhos: Asilo Arkham, de Grant Morrison, uma viagem caótica pelo hospício que abriga os bandidos lunáticos enfrentados pelo herói Batman.

O Homem-Morcego é um dos personagens coadjuvantes de Orquídea Negra, assim como outros nomes do universo DC: a criatura Monstro do Pântano e os vilões Hera Venenosa, Coringa, Duas Caras e Chapeleiro Maluco. Lex Luthor, o inimigo do Super-Homem, é o principal perseguidor da heroína púrpura na história, que apresenta algumas características que futuramente marcariam a vencedora parceria Gaiman/McKean em Sandman: a trama, envolvendo ingredientes como sonhos, fantasia, magia e questões filosóficas, além de um visual todo particular, mais próximo das artes plásticas, algo não muito comum nos quadrinhos na época da publicação.

Na trama, a Orquídea Negra, híbrido de ser humano e planta, é morta a mando de Luthor. Mas dois outros seres semelhantes a ela nascem em uma estufa de um laboratório distante. Em busca da razão de sua existência, a mais adulta das novas Orquídeas Negras parte em uma jornada de descobertas, conhecendo seu criador, o botânico Philip Sylvian, e viajando até a selva amazônica – tendo sempre em seu encalço os capangas de Luthor.

Cinema

Dave McKean apresentou este ano seu primeiro longa-metragem, MirrorMask, roteirizado ao lado de Gaiman. A produção esteve no prestigiado Festival de Sundance em janeiro, estreando em um pequeno circuito de salas (18) nos EUA no último dia 2. Para variar, a história fala de um mundo fantástico e de sonhos. A protagonista Helena (Stephanie Leonidas), uma menina de 15 anos, acaba se envolvendo com criaturas bizarras e estranhas, um mundo que não sabe se é sonho ou realidade. Pelas imagens já divulgadas na internet, a elaborada parte visual é o que mais se destaca na produção.

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