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Orfeu e Eurídice: filme da Ópera de Christoph Willibald Glück, com coreografia de Pina Bausch, é um dos destaques do Ópera na Tela | Divulgação
Orfeu e Eurídice: filme da Ópera de Christoph Willibald Glück, com coreografia de Pina Bausch, é um dos destaques do Ópera na Tela| Foto: Divulgação

Ópera e cinema também fazem parte da 28.ª Oficina de Música de Curitiba, que começa hoje com a apresentação da Camerata Antiqua, no Teatro Guaíra, e segue até o dia 31. O festival Ópera na Tela, já realizado no Rio de Janeiro, Manaus, Belém e São Paulo, estreia às 20h30 de amanhã no Paço da Liberdade, com um filme baseado na ópera Carmen, de Georges Bizet. O evento é uma realização do Sesc Paraná – Paço da Liberdade.

A ideia foi recuperar montagens de óperas gravadas em parceria com o canal cultural franco-alemão Arte e exibi-las em um telão. A programação, integrada à Oficina de Música deste ano, segue até o próximo sábado e é composta de adaptações de óperas para o cinema e também de gravações para a televisão, que incluem documentários e filmes que abordam o universo das óperas. Todas as exibições são gravações recentes, de alta qualidade, exibidas a partir de fitas digitais betacam e com legendagem eletrônica em português. O grande destaque é a exibição da ópera Orfeu e Eurídice, no dia 16. Trata-se de uma versão de 2008 encenada pela Ópera de Paris com coreografia da alemã Pina Bausch, falecida em junho do ano passado.

"O festival tem como prioridade contribuir para a democratização da ópera, que se transformou, por equívoco, numa arte reservada à elite. É muito bom dividir a experiência da Ópera na Tela com a Oficina de Música de Curitiba", comenta Christian Boudier, diretor do projeto.

Originalmente pensada para teatro e historicamente ligada às classes mais favorecidas, o festival inverte a forma de consumo das óperas ao oferecê-las gratuitamente e em um formato mais acessível.

Programação

A primeira ópera a ser exibida é um filme de Francisco Rosi baseado em Carmen, de Bizet (1838-1875). A história fala de uma cigana irreverente e sensual que desperta a paixão no coração de Don José, soldado do regimento de Alcalá, e no toureiro Escamillo. Por ter morrido cedo (36 anos), o compositor não testemunhou a extraordinária repercussão que sua ópera conquistaria logo a seguir. Nos dez anos seguintes, ela seria apresentada cerca de mil vezes, em diferentes montagens por toda a Europa.

Na sequência, dia 13, serão exibidas Pássaro de Fogo e Sagração da Primavera, do maestro e compositor russo Igor Stravinski (1882-1971). Na origem, elas foram encomendadas pelo empresário Sergei Diaghilev e executadas pelos Ballets Russes. Para a versão Ópera na Tela, as obras foram filmadas em 2009, sob direção de Denis Caïozzi.

Uma rodada dupla está programada para o dia seguinte, 14, com a exibição dos documentários Villa-Lobos, A Alma do Rio (direção de Eric Darmon) e Ravel, A Paixão Bolero (direção de Michel Follin). Ambos os filmes gravados em 2007.

No dia 15, Don Giovanni, filme de Joseph Losey baseado na ópera em 2 atos de Mozart, é a atração. Realizada em 1979, a obra passou por uma restauração para ser inserida no projeto.

Dido e Aeneas, obra do inglês barroco Henry Purcell (1659-1695), filmada em 2008 por François Roussillon, encerra no dia 16 a versão curitibana do Ópera na Tela.

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Serviço

Ópera na Tela. Sala CinePensamento – 1.º andar. Paço da Liberdade Sesc Paraná. (Pça. Generoso Marques, 189), (41) 3234-4200. Dias 11, 13 e 15, às 20h30. Dias 14 e 16, às 20h30 e 22h. Entrada franca. Os ingressos devem ser retirados no Serviço de Atendimento ao Consumidor do Sesc Paraná – Paço da Liberdade.

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