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Elton John participou do Viajazz Music Festival, em Madri, no início de julho | Sergio Perez-Reuters/Gazeta do Povo
Elton John participou do Viajazz Music Festival, em Madri, no início de julho| Foto: Sergio Perez-Reuters/Gazeta do Povo

Comemorando 50 anos de carreira, a cantora Claudette Soares faz nesta sexta e sábado, no Teatro Paiol, o show de lançamento de seu mais recente CD, Foi a Noite, produzido em junho. Gravado em homenagem a Tom Jobim e dedicado a Sylvinha Telles, o álbum tem a participação especial da também cantora Alaíde Costa na faixa "Sabiá" e de Dick Farney em "Solidão" (em playback, graças a recursos tecnológicos).

Claudette Soares já nasceu estrela. Seu nome, registrado pelos pais como uma homenagem à atriz francesa Claudette Colbert, tornou-se um dos mais conhecidos na bossa nova. Sua carreira musical começou cedo, aos dez anos de idade, quando participou do programa Papel Carbono, do radialista Renato Murce. Foi apelidada de "Princesinha do Baião" por Luiz Gonzaga na década de 50 e, desde então, tem demonstrado versatilidade musical, interpretando desde canções de protesto em festivais a músicas românticas da MPB. Além disso, recebeu várias composições inéditas de Vinicius de Moraes, Baden Powell, Toquinho e Roberto Carlos.

Foi a Noite tem sido bem recebido pela crítica e conta com um repertório diferenciado. A cantora fez questão de escolher a fase romântica de Tom Jobim para a gravação. Segundo ela, Jobim sempre teve várias fases musicais: "Escolhi a romântica porque as pessoas conhecem muito pouco desse período".

Durante a comemoração do aniversário de 80 anos do compositor, vários CDs e coletâneas com músicas dele foram lançadas e Claudette ficava procurando as faixas desses álbuns que constavam em seu trabalho. "Mas a maioria não estava no meu repertório. Para a produção do CD, tentamos fugir do óbvio, e acho que isso contribuiu para que as críticas fossem positivas", comenta.

Com arranjos simples que valorizam ainda mais sua voz rouca e romântica, Foi a Noite traz um pot-pourri em homenagem a cantora Sylvinha Telles, uma das pioneiras da bossa nova. "Certa vez Sylvinha apresentou para mim uma gravação que havia feito em homenagem ao Tom. Fiquei maravilhada com o trabalho e ela me disse que um dia eu faria melhor", diz a cantora. Esse foi um dos incentivos para a gravação de um álbum com músicas de Jobim.

Para Claudette, Curitiba é especial. A última visita da cantora à capital, em 1994, coincidiu com a semana de aniversário de Vinicius de Moraes, e ela já veio preparada com um repertório de músicas do poeta, mesmo sem saber da data. "Essas coincidências só acontecem comigo", diz gargalhando. O repertório das apresentações de hoje e amanhã contarão com clássicos como "Estrada do Sol", "Retrato em Preto e Branco", "Sabiá", "O Que Tinha de Ser", "Foi a Noite", "Derradeira Primavera" entre outros. Curitiba será a terceira capital a receber o show. Claudette se apresenta acompanhada pelo arranjador e pianista Giba Estebez.

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Serviço: Show de lançamento do CD Foi a Noite, de Claudette Soares. Teatro Paiol (Praça Guido Viaro, s/n.º) (41) 3213-1340. Sexta (3) e sábado (4), às 21 horas. Ingressos a R$ 30 e R$ 15 (estudantes, idosos e doadores de uma lata de leite em pó).

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