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Músico francês é ícone da easy listening | Divulgação
Músico francês é ícone da easy listening| Foto: Divulgação

Músico foi ao pop para achar seu "próprio som"

Nascido Philippe Pagès, filho de um professor de piano, Richard Clayderman começou a estudar música desde cedo e chegou a ser um dos alunos de destaque do conservatório de música clássica em que estudava, tendo recebido um prêmio aos 16 anos. Mas decidiu que não se tornaria um concertista nesta mesma época.

"Como muitos pianistas iniciantes, comecei como pianista clássico, mas quando tinha aproximadamente 15 anos, pensei que a carreira clássica não era a correta para mim", conta Clayderman. "Eu queria fazer algo diferente, algo pop, algo rock, antes de encontrar meu próprio estilo, ‘meu próprio som’", conta.

Quando o seu pai adoeceu, o pianista passou a acompanhar grupos e cantores de música popular, até fazer um teste para a gravação de uma balada em 1976. A ligação foi feita pelo produtor francês Olivier Toussaint, que procurava um intérprete para "Ballade pour Adeline", composta pelo parceiro Paul de Senneville. A faixa vendeu 22 milhões de cópias em 38 países e transformou Clayderman em um campeão de vendas desde então. "Até hoje não consigo acreditar que vendi tantos CDs", diz o músico.

Programe-se

Richard Clayderman

Teatro Positivo – Grande Auditório (R. Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300), (41) 3317-3283. Dia 30 às 20h30. De R$ 86 (meia-entrada) a R$ 206, de acordo com o setor. Assinantes da Gazeta do Povo têm 50% de desconto na compra de até 2 entradas (titular e um acompanhante).

Talvez você não tenha percebido, mas Richard Clayderman está de álbum novo. O recém-lançado Romantique, base do repertório que o pianista apresenta acompanhado por orquestra de cordas no Teatro Positivo amanhã, é o primeiro disco do artista francês em cerca de dez anos.

Gravado a convite da famosa gravadora inglesa Decca, o disco repete a fórmula que tornou Clayderman, hoje com 60 anos, um fenômeno de vendas e um dos principais ícones do chamado easy listening, com mais de 90 milhões de discos vendidos de acordo com sua biografia oficial: reúne um punhado de trilhas de cinema, baladas românticas e algum hit de música clássica – tudo envolto por uma atmosfera pop e arranjos suaves, acompanhado por uma reedição de "Ballade pour Adeline".

Esta é a música que abriu as portas para o sucesso de Clayderman em 1977 – e que você nunca deixou de ouvir, queira ou não. A singela composição de Paul de Senneville, até hoje produtor do pianista francês, segue tocando nas mais variadas situações que pedem por uma música de fundo doce, emotiva e, por que não, familiar. É o carro-chefe de algumas das várias coletâneas que reúnem gravações do artista francês, que vão de compilações românticas a títulos como Richard Clayderman Plays Music for a Soothing Bathtime (algo como "Richard Clayderman toca para um banho relaxante").

Repertório

A música, claro, estará presente no repertório do show de amanhã, ao lado de medleys de temas de filmes e musicais como Titanic (que inclui "My Heart Will Go On") e Les Misérables ("Bring Him Home" e "I Dreamed a Dream" ), uma das faixas do novo CD. Esta turnê é anunciada como um dos trabalhos de repertório mais popular do artista francês.

"O essencial para mim é escolher uma linda melodia e poder adaptá-la ao meu piano, meu estilo, minhas emoções", conta Clayderman, em entrevista por e-mail para a Gazeta do Povo.

O pianista conta que o repertório do novo álbum foi construído em parceria com a equipe da Decca, que sugeriu músicas como "Someone Like You", balada pop da cantora Adele.

Clayderman, que se diz fã de artistas de jazz fusion como Chick Corea e Pat Metheny, conta que não ficou muito entusiasmado com a ideia de gravar a faixa. "Estava bastante preocupado que esta canção não fosse combinar com meu piano. Após um cuidadoso trabalho com meu produtor e arranjador, conseguimos uma interpretação com a qual fiquei muito satisfeito", diz o pianista, que gravou com a Bulgarian Symphony Orchestra. "Sou um artista muito feliz de poder fazer gravações que muitas pessoas ao redor do mundo apreciam e posso dizer que sou muito ‘sortudo’ de ser apreciado por tantos", comemora.

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