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Hoje em dia Clint Eastwood passa mais tempo atrás das câmeras, dirigindo seus filmes, do que atuando. Mas quem acreditou nele alguns anos atrás, quando Eastwood declarou que ia desistir de ser ator, pode se surpreender. Clint mudou de idéia.

O diretor premiado com o Oscar, que na quinta-feira estava no Festival de Cinema de Nova York promovendo seu filme mais recente, "Changeling", começou a atuar há mais de 50 anos e ficou famoso com papéis de caubóis e tiras durões.

Nos últimos anos, porém, Eastwood, de 78 anos, aperfeiçoou-se como diretor, tendo recebido o Oscar de direção por "Os Imperdoáveis" e "Menina de Ouro", além de indicações por "Sobre Meninos e Lobos" e "Cartas de Iwo Jima."

Eastwood disse que, apesar de ter declarado no passado que não pretendia voltar a atuar, se gostar de um papel ficará feliz em representá-lo. Na verdade, ele tem um novo filme, "Gran Torino", que chegará aos cinemas em dois meses e no qual ele faz justamente isso.

"Desde que 'Changeling' ficou pronto, este ano, já fiz outro filme no qual eu atuei, apesar de ter dito que não ia mais fazer isso", disse o diretor a jornalistas.

"Acho que comecei a dizer isso alguns anos atrás, mas então chegou 'Menina de Ouro', e eu gostei daquele papel", disse ele. "Agora fiz 'Gran Torino'."

Esse é seu primeiro papel como ator desde "Menina de Ouro", de 2004, mas o veterano de Hollywood disse que, depois de dirigir vários atores jovens em "Changeling," talvez devesse desistir de atuar -- novamente.

"Sempre me espanto ao ver como são bons alguns deles, ainda tão jovens. Eu mesmo levei séculos para aprender a dizer meu próprio nome", explicou.

"Essa é uma das razões pelas quais agora, na velhice, prefiro ficar atrás das câmeras e deixar os jovens sair aí fora para correr e saltar", disse ele.

"Changeling" é um drama contundente, ambientado nos anos 1920 e baseado na história verídica de uma mulher cuja busca por seu filho desaparecido a obrigou a enfrentar a polícia de Los Angeles e um serial killer de crianças.

O filme fez sua estréia mundial no festival de cinema em Cannes, em maio, atraindo críticas em sua maioria positivas, e vai estrear nos cinemas dos EUA em 31 de outubro, no início da temporada de premiações em Hollywood. Alguns observadores já se perguntam se ele poderá dar a Eastwood sua quinta indicação ao Oscar de melhor diretor.

Mas, se isso não acontecer, sempre haverá "Gran Torino", dirigido por Eastwood e no qual ele representa um veterano da guerra da Coréia que é obrigado por seus vizinhos imigrantes a rever seus preconceitos raciais, depois de seu carro Gran Torino ser roubado.

O filme chegará aos cinemas em dezembro, e observadores do Oscar dizem que a Warner Bros. tem um histórico de lançar os filmes de Clint Eastwood no final de dezembro, justamente em tempo para serem levados em conta na disputa pelo Oscar.

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