• Carregando...
Choro na Boca Maldita, em 2008: músicos curitibanos e convidados cariocas | Divulgação / Rafael Egashira
Choro na Boca Maldita, em 2008: músicos curitibanos e convidados cariocas| Foto: Divulgação / Rafael Egashira

Há 112 anos nascia Alfredo da Rocha Viana Filho, o Pixinguinha. O flautista, saxofonista e compositor carioca foi agente fundamental para que o choro deixasse seus ares experimentais e se tornasse uma expressão musical consolidada. Para celebrar o nascimento de Pixinguinha e o Dia Nacional do Choro, comemorado hoje, 24 horas de música com alguns dos mais tradicionais "chorões" da cidade.

A maratona musical foi idealizada pelo Clube do Choro de Curitiba e acontece desde 2006. Neste ano, cerca de 40 músicos se encontraram no Beto Batata do Alto da XV ontem à noite e, desde o primeiro minuto do dia de hoje, estão às voltas com um repertório de 250 chorinhos diversos. A média fica em torno de dez músicas por hora, já que o último acorde soa à meia-noite desta quinta-feira.

"Nosso desafio esse ano é evitar a repetição. Já fizemos uma lista das músicas e vamos tentar não repeti-las", explica o violonista João Egashira, um dos criadores do Clube de Choro de Curitiba.

No repertório, clássicos de Pixinguinha ("Carinhoso", "Lamentos", "Sofre Porque Queres"), de Jacob do Bandolim ("Noites Cariocas", "Doce de Côco") e também composições atuais de músicos como Gabriel Schwartz e Davi Sartori.

Desde a abertura, à meia-noite de hoje, Daniel e Lucas Miranda, André Prosdóssimo, Rodrigo Simões, Gabriel Schwartz e Davi Sartori, além do Grupo Simplicidade, estiveram encarregados de quatro rodas de choro e manterão a música viva até às 8 horas. Às 10 horas, o grupo parte para a Boca Maldita – onde é comemorado o Dia do Choro há sete anos. Às 13 horas, acontece o retorno ao Beto Batata e durante à tarde se apresentam Rosa Flô, Daniel Migliavacca. Às 17 horas, acontece outra roda no Conservatório de MPB de Curitiba, com Sergio Albach e Cláudio Menandro. Os chorões retornam ao Beto Batata às 20 horas, com apresentação de Julião Boêmio. Às 22 horas, João Egashira dá início ao encerramento do evento.

"Nos primeiros anos teve gente que tocou o dia todo, sem parar. Mas agora pretendemos fazer um revezamento, uma escala. Mas às vezes é difícil. Eles começam a tocar e não param mais", brinca Egashira.

Outro atrativo é uma partitura com um início de uma peça musical inédita. Os primeiros compassos do choro foram escritos por Egashira ontem e a música deverá ser finalizada com a contribuição de quem se interessar. "A partitura vai ficar rodando e quem quiser colocar sua assinatura musical, vai poder. Será uma composição coletiva. No final, vamos ver no que vai dar", explica o músico.

Serviço

Beto Batata Alto da XV (R. Prof. Brandão, 678), (41) 3262-0840. Conservatório de MPB de Curitiba (R. Presidente Carlos Cavalcanti, 533), (41) 3321-2840. Entrada franca.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]