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Na semana passada fiz a seguinte observação em meio a notícias so­­bre lançamentos de CDs de bandas paranaenses: "E as rádios de Curitiba insistem em não tocar música paranaense e uma das desculpas é a de que não teria produção suficiente." O radialista, ator e músico Mauro Mueller não gostou e me mandou extensa correspondência. Publico parte dela aqui (por falta de espaço) e a íntegra está no blog Sobretudo. Foi lançada a discussão. Com a palavra, os músicos e os radialistas. Fala Mauro Mueller:

"Meu nome é Mauro Mueller, atualmente faço teatro, música, trabalho em dois veículos de comunicação, entre eles, sou coordenador artístico da Rádio 91Rock e me sinto ofendido quando uma declaração mentirosa é feita em um grande jornal, como foi a matéria de meia página, assinada por Luiz Cláudio Oliveira, sobre lançamentos de álbuns, na Gazeta do Povo do dia 13 de outubro, quarta-feira, no Caderno G. E lembro que já mandei e-mail para esta mesma pessoa sobre o mesmo assunto há algum tempo. Mas, parece que você, Luiz, insiste em afirmar uma mentira dessas.

Vários e vários músicos curitibanos dão entrevistas no 91Minutos, programa de segunda à sexta aqui na 91Rock, para falar de mú­­sica, comentar o rock curitibano e para falar de discos, músicas, shows, movimentos e atividades. Todas as semanas temos como convidados gente como Zé Rodrigo, Paulo Juk, Fábio Elias, Carlos Gaertner, e muitos, muitos outros artistas locais que ficam uma, às vezes duas horas no ar.

Em vários horários da rádio, temos participação de músicos curitibanos, pois damos valor às cabeças pensantes locais. Com comentários, programetes, módulos, até para co­­mentar jogos temos a participação de artistas curitibanos e ex-jogadores do Coxa, Atlético e Paraná Clube.

Às vezes até de rádios concorrentes, mostrando que somos a fim de unir a cena. No fim do ano passado, fizemos um especial em que participaram várias rádios FMs locais e shows ao vivo com as bandas Trapobanda, Relespública, Monster Jam e entrevista com a banda Mônaco Beach, churrasco e uma verdadeira confraternização de Natal da música curitibana.

Quando o Ivo Rodrigues morreu, ficamos dando informações do velório, enterro, falamos ao vivo de lá, tocamos Blindagem to­­da hora e fizemos um especial com Zé Rodrigo, Rogéria Holtz, Rodrigo Vivás, Marcelus e o Blindagem. Foi uma hora ao vivo só com músicas do Blindagem, porque nós demos a verdadeira importância à carreira e a vida e obra dele, um artista acima da média, sensacional. Uma hora ao vivo tocando e falando da banda e da importância do Ivo Rodrigues na cidade, na história do rock curitibano e de como ele era nosso amigo.

Eu mesmo disse no ar que um planeta dentro de Curitiba morreu com a saída da Terra do Ivo do Blindagem.

Foi na semana do Dia Mundial do Rock.

Me ofereci e fui depor em favor da banda King Kong de Conga na Justiça, contra o Tihuana, para provar que a música "Pula" era plágio da música "Pule", da banda local, pois acompanhei os lançamentos das duas músicas, desde o início. Sempre divulguei nas rádios em que trabalhei o andamento do processo. Tenho cópia em meu PC. Isso, inclusive, daria assunto para uma matéria em seu jornal, porque a banda curitibana ganhou a ação movida na Justiça e foi declarada a confirmação do plágio. Vitória para a criatividade curitibana.

Estamos esta semana começando a gravações de programas de auditório com artistas locais. Em novembro e dezembro, vamos fazer especiais de fim de ano com várias bandas locais que são executadas na programação normal da rádio.

Damos atenção para as bandas locais da mesma forma como damos atenção às grandes bandas nacionais e internacionais, executando [suas música] durante os sete dias da semana em ho­­rários nobres e demais horários da rádio.

Temos um programa maluco, bom demais, o Rádio Caos, que é inteiramente feito por músicos e artistas locais, pirando com poetas, contadores, músicos e suas músicas.

Você não curte ouvir a rádio em que trabalho? Beleza, mas ligue para nós e pergunte antes de publicar afirmando algo que você não sabe. TOCAMOS SIM. E muito. Estou aqui faz pouco mais de três anos e, na coordenação artística, desde março deste ano. E muito antes de eu entrar, já tocava som local aqui na 91Rock.

Só para te dar um pequeno levantamento diário sobre o mês de setembro/outubro:

DAS VELAS

DJOA

GARAGEMODERNA

MAGAIVERS

4 CANTOS

MOTOROCKER

NUVENS

Executadas em horários nobres da rádio: uma, duas, até três vezes ao dia.

Sem contar os grandes nomes da música local e que nós também rodamos de forma geral, como BLINDAGEM, SABONETES, BLACK MARIA, NO MILK TODAY, BEIJO AA FORÇA, RELES (é... ainda tocamos Reles), CORES D FLORES, ANACRÔNICA, NAMASTÊ, DJAMBI, TREM FANTASMA, só para citar alguns.

Então...

A 91ROCK TOCA BANDAS LOCAIS.

Desde muito antes da última vez que você escreveu em sua coluna.

Só fico aqui pensando: por que você não admite isso?

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