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Não está fácil escolher a quais shows assistir na Corrente | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Não está fácil escolher a quais shows assistir na Corrente| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

A Corrente Cultural (ex-Virada Cultural) tem seu grand finale no próximo sábado com shows em vários locais da cidade. Está menor do que a do ano passado, sem os palcos da Praça Carlos Gomes e da Praça da Espanha, sem o palco do "vai quem quer" da Monsenhor Celso e, ao que tudo indica, sem o palco dos músicos populares. E não receberá o nome de nenhum artista homenageado, como aconteceu no ano passado com o grande Waltel Branco. Também não terá a minha presença.

Calma, apressadinhos. Não estou contra o evento. Perderei a maioria dos shows porque no dia estarei de plantão no trabalho interno e por isso neste ano irei economizar pernas e ouvidos. Ficarei menos cansado e menos feliz.

No ano passado, eu montei um roteiro de sugestão para quem se dispõe a correr de um lado para outro em busca de bons shows. Então, mesmo impossibilitado, faço de novo. Mas aviso desde já: não está fácil escolher e a correria será grande.

A festa musical ganha uma tenda para a música eletrônica, cada vez mais forte na cidade, no Largo da Ordem. Mas não é a minha especialidade e por isso vai ficar de fora desta seleção.

Primeiro, uma dificuldade para montar o roteiro. Há diferenças entre o que foi divulgado pela Fundação Cultural de Curitiba (FCC) via material impresso e o que está no site da Corrente Cultural. Optei pelo que está divulgado no site. Vamos às sugestões.

Quem abre os trabalhos no sábado é o parnanguara Léo Damião e Banda, no Palco das Ruínas de São Francisco. Uma das grandes atrações do dia vem logo em seguida, às 11h30, quando a grande Elza Soares sobe ao palco da Boca Maldita junto com a Orquestra à Base de Corda. Pena que no mesmo horário a Klezmorim estará no TUC.

Na sequência, às 12h20, outros dois de estilos bem diferentes também vão bater no mesmo horário. Enquanto o trombonista mexicano Faustino Díaz toca no palco Ruínas a surpreendente Inthefinity Voz leva seu rap da melhor qualidade no TUC.

Às 13 horas, mais uma das grandes atrações do dia. João Bosco abre o Palco Riachuelo. Mas se você prefere o rock, recomendo o show da banda Uh La La!, que começa às 13h30 nas Ruínas. A banda está preparando um novo disco e acaba de lançar o divertido single "Casinha".

Luis Cilho leva seus beats e poesia ao TUC a partir das 14h10, e quase ao mesmo tempo, a banda MUV mostra sua black music de belos arranjos e muito groove, às 14h30, na Boca Maldita. E às 14h40 o negócio é rock-and-roll nas Ruínas com a banda Gripe Forte, que reúne ícones roqueiros de Curitiba como Fábio Elias (Relespública), Giovanni Caruso (Escambau), Oneide Diedrich (Pelebrói Não Sei?) e Ivan Rodrigues (Escambau e Magaivers).

Mais conflito de horários e estilos por volta das 16 horas, quando estarão nos palcos a cantora e compositora Vilma Ribeiro (15h50, nas Ruínas), o rapper Rashid (16 horas, na Boca Maldita) e o rock pirata da Confraria da Costa (16 horas, no Palco Riachuelo).

O TUC recebe a sonoridade elaborada do grupo instrumental de sopros Sopro no Ar, às 16h50. Quase no mesmo horário em que Téo Ruiz e Estrela Leminski fazem sua homenagem a Paulo Leminski no palco das Ruínas (17 horas), mostrando o trabalho do recém-lançado álbum duplo Leminskanções.

Outro nome principal do dia, Lucas Santtana (por favor, não confunda com o Luan), se apresenta na Boca Maldita, às 17h30. Se preferir outro estilo, volte para as Ruínas ver o show do Lou Dog com seu rock suingado e misturado. Ou vá para o TUC ver Guto Horn e sua MPBPop.

O pernambucano Otto toma conta da Boca a partir das 19 horas. Logo depois, a programação fez uma maldade com os fãs do rock alternativo. A ótima Audac toca às 19h20 nas Ruínas e, quase ao mesmo tempo, no TUC, às 19h30, sobe ao palco a recente e não menos boa Heavy Metal Drama — que tem na sua formação músicos conhecidos, como Thomas Kossar e Rhony Guedes (ex- Rosie and Me), Francisco Conrado e Claudinha Bukowski (Copacabana Club).

Às 20 horas, o Boca Livre canta na Riachuelo, sem concorrência. Mas, em seguida, tem corre-corre, porque enquanto a ruído/mm estará no palco do TUC (20h50), Silva sobe ao palco das Ruínas (21 horas).

No horário das 22 horas a coisa se complica de vez. Começa com certa tranquilidade para o samba de Léo Fé, às 22h10 (TUC), e às 22h30 com três shows no mesmo horário: Cidade Negra (Boca Maldita), Esperanza (Riachuelo) e Escambau (Ruínas).

Se encaminhando para o final, tem a bela voz de Jô Nunes (23h30, no TUC), seguida pelo Lendário Chucrobillyman (meia-noite, nas Ruínas) e encerrando à uma hora da madrugada com o show da Locomotiva Duben nas Ruínas.

Quem sobreviver à maratona sonora pode se programar para descansar no domingo em meio à banca de ofertas da Itiban Comic Shop (Rua Silva Jardim, 845, ao lado da UTFPR), que estará com uma superliquidação de 25 anos de atividades, das 13h às 20 horas. Divirtam-se.

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