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Trapobanda, a misteriosa trupe da Trapolândia, nascida na UFPR | Divulgação
Trapobanda, a misteriosa trupe da Trapolândia, nascida na UFPR| Foto: Divulgação

Eles vieram de longe. Ninguém sabe exatamente de onde, a única indicação é que, para chegar lá, é preciso seguir a Leste, em espiral, para quem desce da Lapônia, como explicam em uma de suas músicas. Sim, claro, estou falando da Trapobanda, a misteriosa trupe da Trapolândia. Por alguma razão inescrutável, eles vieram parar em Curitiba. Apesar de se sentirem estrangeiros ("em qualquer lugar que eu vá"), parece que a trupe já está se enturmando por aqui. Ou inicia uma sofrida tentativa de integração com os colegas músicos locais.

Desde a sexta-feira da semana passada, os trapolitanos mostram sua estranha e alegre música toda sexta-feira, acompanhados de bandas convidadas, em seletos endereços curitibanos. Serão 17 datas envolvendo 78 músicos diferentes, além dos nove que são da escalação titular da Trapobanda. Na sexta passada, eles se apresentaram na Sociedade 13 de Maio, e os convidados foram as bandas Serena Flor (samba) e Monotrio (Latino/ska). Nesta semana, na sexta-feira 13, eles tocam no Wonka Bar, acompanhados dos Kingargoolas, banda de surf music de Guarapuava.

Na lista de convidados a repartir o espetáculo ainda estão Janaína Fellini, Trem Fantasma, Confraria do Costa, VI Geração da Família Palim do Norte da Turquia (rock de Maringá), A Banda Mais Bonita da Cidade (pop de Curitiba), Banda Gentileza e Coyotes do Espaço (rock de Guarapuava). Todos os espetáculos têm a participação do DJ BK12. Os locais dos encontros são os já citados Wonka Bar e Sociedade 13 de Maio, além do Danc e do Ambiental Bar. Os ingressos sempre custam R$ 10 e R$ 15. Mais informações sobre os shows, datas e locais podem ser encontrados no site da trupe, no endereço www.trapobanda.com.br.

Apesar de eles afirmarem que não se acostumam com este país, parecem se esforçar bastante para quebrar a frieza curitibana e se misturar ao povo local. Todos os nove integrantes da banda, além de todo o pessoal de apoio e produção, ou já estudaram ou estão estudando na Universidade Federal do Paraná, no curso de Produção Sonora. Foi lá que, excluídos e sem amigos, se uniram ainda mais para, em festas às quais compareciam sempre uma multidão de umas 15 ou 16 pessoas, se embebedarem e começarem a cantar as canções populares da Trapolândia. Ninguém sabe direito o porquê, mas lá o ska é o ritmo dominante. Com o passar do tempo, foi natural montarem uma banda que toca ska. Opa, banda que toca ska? Então por que em uma das músicas ele afirmam: "Todo mundo pensa que isso aqui/ É uma banda de ska/ Mas é uma trupe de amigos que veio da Trapolândia... / Ah, que saudades de casa/ Por isso fazemos a música / Que nos leva àquela terra mágica".

Para quem quiser conhecer mais a música da banda, não recomendo que vá ao MySpace. O que ela tem gravado lá até agora ainda é muito amador e não representa o trabalho do grupo. É melhor ir ao YouTube e ver as apresentações performáticas e animadas. Quanto ao som, agora eles entraram em estúdio e pretendem gravar algumas músicas de forma mais profissional. Prometem o mais rápido possível substituir o que apresentam no MySpace. De qualquer maneira, é muito mais divertido vê-los ao vivo. Esses trapolitanos são uma festa.

Tudo na quinta

Nesta quinta-feira, às 20h30, Daniel Migliavacca e Wagner Segura apresentam-se no Sesc da Esquina dentro do projeto O Som da Cidade.

Também amanhã, o grupo Eu, Você e Maria faz o pocket show de pré-lançamento de seu primeiro disco, na Fnac do Shopping Barigui, a partir das 19h30.

A banda Monaco Beach também toca na quinta, mas em Porto Alegre, em show de abertura para o Copacabana Club. Eles estão lançando o primeiro EP, Drowning in My Dreams, que pode ser ouvido no MySpace (www.myspace.com/monacobeachmusic).

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