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Janaina Fellini é uma das artistas do site Ofício de Cantora | Divulgação
Janaina Fellini é uma das artistas do site Ofício de Cantora| Foto: Divulgação

Arthur Vilhena é um jornalista paraense que vive em minas Gerais e é tão apaixonado por cantoras que decidiu criar um site só para elas, o Ofício de Cantora (oficiodecantora.wix.com/oficiodecantora). Segundo ele mesmo descreve: "Esse site nasceu da vontade quase uterina de parir as cantoras do Brasil para o Brasil que parece as desconhecer". Vale visitá-lo.

A cantora e compositora Janaina Fellini, que se apresenta em Curitiba, Vitória, Belo Horizonte e no Rio de Janeiro nos próximos dias, escreveu para o Ofício de Cantora, a pedido do Arthur Vilhena, um texto sobre o CD de estreia, que leva o nome dela. Aqui, vou publicar apenas a introdução. O texto integral, que faz uma avaliação e revelações faixa a faixa, poderá ser lido na íntegra no site ou no meu blog(www.gazetadopovo.com.br/blog/sobretudo).

JANAINA FELLINI – 12 FAIXAS

Texto de Janaina Fellini e revisão de Serginho Almeida disponível para baixar em: www.amusicoteca.com.br/?p=7077

"Este CD, álbum, disco, pen drive, não teve nenhum arranjo escrito. As guitarras, teclados e efeitos foram gravados nas casas dos próprios músicos. Não há Janaina sem Dú, Glauco, Alonso, Denis e Serginho... Sou grata de todo a cada uma das 94 pessoas que viabilizaram comigo este projeto. Aos músicos especialmente. Aos compositores, ao estúdio, à produção gráfica, aos produtores, aos amigos, à família e a cada mão que trouxe seu magnetismo para ver este trabalho nascer ainda neste mundo.

Eu moro em Curitiba. Aqui não tem mar e o clima é diariamente imprevisível. Tem chuva roxa e céu branco – mas branco mesmo! – muitas vezes ao ano. Neste dia, em que escrevo esse texto, acordei com um céu cinza, que ficou muito azul e agora está cheio de nuvens, de onde a água vai cair. As pessoas – as que eu conheço – andam de bicicleta, falam piá, terminam as palavras com ‘e’ mesmo, e se reúnem em volta de fogueiras, com vinho, no inverno. Uma vez eu fui ao Rio de Janeiro e o taxista disse que só sabia duas coisas sobre o Paraná: ‘– lá tem pinhão e pistoleiro’. De fato, no interior do estado, durante muito tempo, foi comum os agricultores, imigrantes europeus, defenderem suas terras com unhas, dentes e pistolas. Mas ultimamente o estado, que continua abastecendo o mundo com soja e milho, tem produzido também safras de artistas que assinam ‘Paraná’, ou ‘Curitiba, Paraná’, se armam com pistolas de verso e melodia, pinhão com sal e azeite de oliva, e se lançam nas atmosferas sonoras em busca de diálogo, de espaço e de boas trocas pelas quais o escambo artístico permita a sua própria multiplicação.

Eu faço música livre. Pratico o que é universal. Sou fiel a minha vontade e aos desejos dos músicos que me acompanham no palco, na técnica e na vida. Por isso meu disco, pop, elegante, contemporâneo, independente, fresquinho e cheio de ares de ‘nova geração’ tem sim, Carlinhos Brown, Itamar Assumpção, Rafael Alterio, Alice Ruiz. Todo mundo juntinho com Felixbravo, Junio Barreto (gênio contemporâneo com alma de milhares de anos-arte), Estrela Leminski, Kiko Dinucci, Douglas Germano, Kleber Albuquerque, Téo Ruiz, Fernando Lobo, Dú Gomide... Nomes com os quais eu me permiti estar. Permiti-me ser, em algum lugar, um pouco de cada um, inteiros e ao meio. Permiti servir-me do que foi trazido pela alma mais profunda de cada um deles. "

Pizzicato

As músicas que eu gravei vieram até mim. Inclusive a de minha autoria. Algumas vieram em cores, outras despertaram cheiros, lembranças de coisas que eu nem vivi, penetrando em minha pele sem o menor pudor, sem o menor respeito. Gosto de pensar que música é assim, meio desrespeitosa, mesmo. Entra sem pedir licença e invade tudo quanto possa existir dentro da gente. Para o segundo disco, tenho uma frase pronta que diz ‘vem comigo, vem morar no meu umbigo. O mundo lá fora não existe, aqui dentro é que eu sou’. Mas essa frase só vai se tornar uma faixa se me faltar com o respeito e me soprar com o brilho mais intenso no abrigo mais tenro da minha própria existência."

Supercolor

A banda Supercolor acaba de lançar um novo trabalho. Da Casca ao Caroço pode ser ouvido em streaming no Facebook do grupo (www.facebook.com/bandasupercolor). Além disso, também iniciou no sábado passado um projeto junto com a Rádio Mundo Livre em que pretende, a cada mês, dividir o palco com um artista convidado. O primeiro foi Curumim, em show no John Bull. Ainda não com as datas totalmente fechadas, na lista de participações estão Pepeu Gomes, Cícero e Silva; além de sempre ter a abertura com uma banda local. O projeto inclui ainda um programa de rádio e DVD.

Ruído Sessions

Este é o mês do Ruído Sessions, projeto que gravou 12 videoclipes de 12 bandas diferentes e os está lançando com shows a cada sábado, no TUC (preste atenção no horário, inicia às 16 horas). Começou com MUV e Betina Ina. No próximo sábado, teremos Rocksteady City Film (16 horas), Koti & The Immigrants (18 horas) e Uh La La! (20 horas).

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