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Morar

GNT. Domingos, às 23 horas.

Espiar a casa alheia ficou mais fácil com o Morar, novo programa do canal pago GNT. Para quem imagina histórias inteiras quando observa uma fresta de porta ou janela, trata-se de uma diversão à parte. Sob a direção de Alberto Renault, o mesmo de Casa Brasileira e Arte Brasileira, Morar não tem apresentador. A narração de Patrícia Pilar amarra as passagens entre os personagens, que contam detalhes das propriedades e moradias, em declarações deliciosamente curiosas.

As casas da Serra Gaúcha abriram a temporada, que ainda promete episódios em Aracaju (SE), Estrada dos Diamantes (MG), Piranhas (AL), Campinas (SP), Paquetá (RJ), Florianópolis (SC) e Cariri (CE). Cidadezinhas coloniais perdidas nas estradas sinuosas gaúchas entregam exatamente o que prometem: histórias de vida coladas nas paredes, móveis e objetos, mostrados em ângulos delicados e apaixonantes.

Histórias como a da família polonesa que ficou com a casa onde morreram muitos parentes queridos. A herdeira espantou a tristeza da perda e da saudade com uma decoração cheia de flores e coloridos que tomaram conta de cadeiras, mesas, armários e lambris. Em outra cidade, a cuidadora da antiga dona assumiu a rotina de zeladora do imóvel, mantendo a rotina de limpeza e cuidados que dedicava à patroa, como um museu da família. O respeito pelos antigos objetos e o carinho dedicado a cada porta retrato e colcha rendada são tocantes.

Em outro recanto bucólico, um casal divide a vida em comum e o terreno onde estão as duas casas que habitam. A de madeira, construída pelo pai dele, tem entalhes feitos à mão já na fachada, que sustenta o brasão da família. Cansada da trabalheira para manter as coisas em ordem, a esposa construiu ao lado uma de alvenaria, tão colorida quanto a primeira, mas muito mais fácil de limpar. "Tem azulejo na cozinha e o piso é bonito. Aqui a limpeza aparece", comemora.

Nem só imóveis antigos são exibidos no programa. Na propriedade centenária de uma família pioneira de Bento Gonçalves, a história da moradia está preservada nas moradias em pedra, madeira e alvenaria. A mais nova, com três cozinhas, acomoda duas donas de casa e foi construída a pedido da falecida matriarca, que não queria nada velho lá dentro. Incrível como o lugar em que moramos traduz toda nossa personalidade. A decoração moderna nem de longe arranha a tradição italiana que pauta a rotina da casa: gente barulhenta, alegre e unida em torno da mesa, sempre farta.

O resgate do passado e a história dos pioneiros contados pelas casinhas são bons motivos para conhecer mais dos brasileiros. A expectativa para os próximos episódios é poder (re)conhecer mais tradições, rotinas e encantos do dia a dia de todo tipo de gente.

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