• Carregando...
Overdose: dinâmica de histórias em quadrinhos e humor escrachado | Divulgação/MTV
Overdose: dinâmica de histórias em quadrinhos e humor escrachado| Foto: Divulgação/MTV

Programe-se

Overdose

A série vai ao ar de segunda a quinta-feira na MTV, com reprises às 23 horas e episódios novos às 23h15. Todos os episódios exibidos até agora estão disponíveis no site da MTV (www.mtv.com.br).

Quando um cartunista é chamado para ser diretor e roteirista de uma série da MTV, você pode esperar tudo, menos o que o carioca Arnaldo Branco fez com Overdose. Para retratar uma banda de rock no início de carreira, o humorista escolheu o formato de mockumentary – um documentário falso. A narrativa, uma espécie de sitcom sem as risadas de fundo, é costurada por "depoimentos" dos três integrantes. Johnny Guitar (Juliano Enrico), Danny Star (Daniel Furlan) e Rony Thunder (Raul Chequer), já no auge de suas carreiras, falam sobre a difícil vida de uma banda de garagem.

Overdose tem a fácil dinâmica de uma história em quadrinhos e a acidez bem-humorada presente em comédias norte-americanas como The Office. A minissérie em 13 episódios de 15 minutos cada começou a ser exibida no dia 12 de agosto e será a última produção da MTV enquanto canal aberto. A partir de outubro, a marca deixa o Grupo Abril e passa a ser um canal pago. Diversas mudanças estão previstas na programação.

A série traz diversas referências à cultura pop, lembrando o formato da MTV dos anos 1990. A trilha sonora é primorosa e o diretor brinca com clichês do mundo do rock alternativo que todos nós conhecemos. O primeiro episódio abre com a frase egóica do líder do grupo, Johnny: "Todo mundo que diz que tem banda de garagem é poser. A gente pode dizer isso, a gente morava em uma garagem".

Johnny tem uma groupie descontrolada que o persegue, mas ele se apaixona pela bartender, a quem os parceiros começam a chamar de "Yoko Ono". O dono do bar em que a banda Overdose se apresenta nunca paga pelos shows e os transformou em residentes da casa para pagar pelas apresentações que ainda não fizeram, em um contrato "estudado até hoje nas faculdades de Direito". Uma amiga cantora de MPB, um integrante gay, um clipe gravado com pouca verba. Todas são situações típicas do cenário musical underground, tratadas com muito bom humor e tiração de sarro.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]