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Paulo Gustavo, Mônica Martelli e Daniele Valente: inseparáveis | Divulgação
Paulo Gustavo, Mônica Martelli e Daniele Valente: inseparáveis| Foto: Divulgação

Cinema

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A peça que permaneceu por nove anos em cartaz, viajou o Brasil e arrastou milhões para o teatro ganha versão cinematográfica: Os Homens São de Marte... e É pra Lá Que eu Vou!, uma das estreias da semana, conta a "saga" de uma solteira, a personagem Fernanda, uma mulher bonita e bem-sucedida de 39 anos que está desesperada por um novo amor.

A história é a mesma da peça de autoria da atriz Mônica Martelli, protagonista do longa-metragem: Fernanda, dona de uma empresa que organiza casamentos, tem uma vida estável e tudo o que quer, menos um namorado. No filme, ela ganhou um sócio (atuação divertidíssima de Paulo Gustavo), que a coloca na realidade. A amiga inseparável, Natalie (interpretada por Daniele Valente), está sempre a postos para consolar a amiga nas desilusões.

"O maior desafio era conservar a ideia da peça, porque, ao mesmo tempo que você torce por ela, você também ri das desgraças. Tem um certo sadismo", diz o diretor Marcus Baldini (de Bruna Surfistinha). No filme, todos os homens com quem Fernanda se relaciona (na peça são vividos pela própria Mônica), se "materializam" na pele de atores como Eduardo Moscovis, Marcos Palmeira, Humberto Martins e José Loreto.

É divertida a forma como a personagem se adapta rapidamente ao estilo de vida do novo namorado: com o ricaço, gasta os tubos em roupas. Quando conhece o senador vivido por Moscovis, corre para "estudar" tudo sobre política. De cara, vemos que a empreitada não dará certo.

"Quando você conhece um surfista, quer logo comprar um short de tactel. É normal se empolgar e se adaptar, e isso é muito do universo feminino. Mas, se estiver forçando muito, aquilo não vai pra frente", disse Mônica em entrevista por telefone à Gazeta do Povo.

Ao longo do filme, Fernanda sempre se coloca no papel da "escolhida", e faz das tripas coração para agradar. Quando finalmente resolve ser natural, um de seus relacionamentos vai para frente.

A atriz acredita que o principal mérito da personagem é admitir a busca pelo amor, numa época em que o casamento é desvalorizado, e a vida pessoal colocada em segundo plano em detrimento do trabalho. "A Fernanda não tem pudor em admitir. A busca do amor transcende épocas, pessoas. Héteros, homossexuais, todo mundo que viver o amor, e cada casal encontra a melhor forma de vivê-lo. Mas ele é desejo de todas as pessoas, inclusive dos homens", teoriza.

Ritmo

Apesar das atuações divertidas e do carisma de Fernanda, que ajuda a conquistar o espectador, Os Homens São de Marte... não inova na linguagem, e é mais uma comédia brasileira padrão. O andamento dos relacionamentos também poderia ser mais dinâmico, pois o filme fica arrastado depois da primeira metade, dando a impressão de ser mais longo do que os seus 82 minutos. GG1/2

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