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A gracinha Drew Barrymore e Justin Long: casal dentro e fora das telas | Divulgação
A gracinha Drew Barrymore e Justin Long: casal dentro e fora das telas| Foto: Divulgação

São Paulo - A diretora Nanette Burstein é estreante. Conta que Amor à Distância (veja trailer, fotos e horários das sessões) surgiu como um projeto dela, que conseguiu cooptar Drew Barrymore e, junto com a atriz, veio o namorado/marido dela na vida, Justin Long.

O filme é sobre amor a distância. Nanette define sua intenção – queria fazer uma comédia romântica honesta. Conseguiu. Embora não seja exatamente o caso, Amor à Distância talvez venha a se constituir numa experiência como Harry e Sally – Feitos Um para o Outro. Lembram-se da comédia de Rob Reiner com Meg Ryan e Billy Crystal? Há 21 anos – a produção é de 1989 –, Harry e Sally fizeram história pelo frescor com que era contada a relação dos amigos que hesitavam em assumir seu amor, justamente com medo de perder a amizade. O filme tem a cena clássica em que Meg simula um orgasmo no restaurante (e a cliente da mesa ao lado, os olhos brilhando, pede ao maître que lhe sirva o mesmo prato).

Amor à Distância tem mais palavrões do que qualquer outra produção recente classe A de Hollywood (de comédias românticas, então, nem se fala). Nanette conta que eles nunca foram problema para a dupla Drew/Long nem para o estúdio. Todos perceberam que o linguajar chulo faz parte da experiência, inclusive amorosa, das pessoas e que o importante era não ser vulgar. Disso ela se encarregou, trabalhando com os atores.

O filme trata do amor em tempos de internet. O amor à distância não é novidade – nem no cinema. Existe o caso clássico de um romance epistolar que virou cult – Nunca Te Vi, Sempre Te Amei, de David Hugh Jones, com Anne Bancroft e Anthony Hopkins. Aqueles amantes trocavam cartas. Drew Barrymore e Justin Long trocam e-mails, percorrem a via do Messenger e do Facebook.

Viram usuários da ponte aérea São Francisco/Nova York, mas chega o momento em que o amor a distância não funciona mais e eles enfrentam o dilema de se unir de verdade, ou desistir. Parece tolo, mas essa nova roupagem para uma velha história – ou fórmula – toca em questões essenciais em qualquer relacionamento, a distância ou não.

Fala do compromisso que as partes precisam assumir, das concessões que precisam fazer. Cada um tem sua carreira, é justo que se sacrifiquem? A ligação te­­­­­­­rá futuro? Logo surgirão as cobranças.

De uma maneira um tanto cínica, pode-se definir Amor à Distância como o manual de autoajuda dos casais separados pela geografia.

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