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Em filme leve e não superficial, Albert (James Gandolfini) e Eva (Julia Louis-Dreyfus) despontam. Seriam eles feitos um para o outro? | Divulgação
Em filme leve e não superficial, Albert (James Gandolfini) e Eva (Julia Louis-Dreyfus) despontam. Seriam eles feitos um para o outro?| Foto: Divulgação
  • ServiçoÀ Procura de um Amor. (Enough Said, Estados Unidos, 2013). Direção de Nicole Holofcener. Com James Gandolfini, Julia Louis-Dreyfus e Catherine Keener. Fox/Sony. 92 min. Classificação indicativa: 12 anos. Locação e venda. Preço médio: R$ 39,90 (DVD) e R$ 69,90 (Blu-ray). Comédia romântica

A diretora e roteirista norte-americana Nicole Holofcener (de Amigas com Dinheiro) jamais poderia imaginar que, ao convidar James Gandolfini para estrelar À Procura de um Amor, estava lhe oferecendo um de seus derradeiros trabalhos no cinema – permanece inédito The Drop, de Michaël R. Roskam. O ator, que se tornou mundialmente conhecido com a série Família Soprano, morreu aos 51 anos, em junho passado, durante uma viagem com a família à Itália.

Lançado nos Estados Unidos em setembro de 2013, À Procura de um Amor deu a Gandolfini a oportunidade de mostrar seu lado mais doce, romântico mesmo. Ele vive o papel de Albert, um homem de meia-idade, divorciado, que anseia encontrar uma mulher que o aceite do jeito que é. A sua ex-esposa, a poeta Marianne (Catherine Keener, de Capote), o deixou traumatizado, por criticar seu temperamento bonachão, seus modos desajeitados e um certo desleixo com a aparência.

Quando conhece a massagista Eva (Julia Louis-Dreyfus, das séries Veep e Seinfeld), também divorciada e um tanto aloprada, Albert acredita ter encontrado sua cara metade, uma companheira de verdade.

Acontece que o destino lhes prega uma peça: Eva começa a atender Marianne, sem saber que o ex-marido de quem não cansa de falar mal é justamente o homem com quem ela está saindo.

Recorrendo à estrutura clássica da comédia de erros, o forte de À Procura de um Amor é o roteiro, simples na forma, mas com situações bem armadas e, sobretudo, ótimos diálogos, que revelam as fragilidades e idiossincrasias dos personagens.

Há um certo descompasso entre as formas de atuar de Gandolfini e de Julia Louis-Dreyfus. Enquanto ele, um ator completo, empresta graça e profundidade dramática a Albert, ela, que é ótima comediante, parece estar vivendo uma variação dos personagens que já interpretou na televisão. Eva é muito parecida com a protagonista do seriado The New Adventures of Old Christine, no qual também era uma mulher descasada.

Ainda assim, o filme de Nicole Holofcener cativa pela forma leve, mas não superficial, como retrata as dificuldades de viver um romance quando as experiências e decepções acumuladas ao longo do tempo têm o impacto de um pé no freio. GGG1/2

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