O compositor Carlos Alberto Ferreira Braga, o Braguinha, de 99 anos, morreu por volta de 12h deste domingo (24). De acorco com a família, ele passou mal no sábado à noite (23) e foi levado para o Pró-Cardíaco, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, onde deu entrada com a taxa de glicose alta.
A cunhada do compositor, Dona Araci, disse que a esposa de Braguinha, Aestréia, de 93 anos, que tem problemas cardíacos, ainda não sabe do seu falecimento. A família recebeu a notícia na manhã deste domingo. Braguinha deixa uma filha, três netos e pelo menos seis bisnetos.
O hospital deve divulgar um boletim médico no início desta tarde.
Braguinha, que iria completar 100 anos em março, compôs sucessos como "Carinhoso", "Chiquita Bacana", "Balancê", "Touradas de Madrid" e "Pastorinhas", entre outras.
Também conhecido como João de Barro, Braguinha, estudante de arquitertura, criou o pseudônimo inspirado no pássaro arquiteto porque seu pai não queria o nome da família envolvido com música popular.
A primeira canção foi composta aos 16 anos e chamava-se "Vestidinho Encarnado". Em 1928 criou um grupo chamado Flor do Tempo, com Henrique Brito, Alvinho, Noel Rosa e Almirante, que no ano seguinte os incentivara a formar o Bando dos Tangarás, que gravou 19 músicas, sendo 15 de Braguinha.
Parte da geração da Era de Ouro do carnaval brasileiro, nos anos 30, teve sua grande consagração carnavalesca em 1984, na inauguração do Sambódromo carioca, desfilando como tema da Mangueira no samba-enredo "Yes, nós temos Braguinha", em referência à sua famosa "Yes, Nós Temos Bananas", vencedora da disputa naquele ano.
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