Contagem regressiva para a festa da música pop

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E aí, já garantiu o seu ingresso para o Lupaluna 2011? Se fosse você, eu não marcava bobeira, para não correr o risco de ficar de fora da maior festa da música pop (leia-se pop, rock, MPB, alternativo, hip-hop e eletrônica) do Paraná, que acontece no próximo fim de semana no BioParque – o belíssimo terreno de 52 mil metros quadrados no final da Avenida Salgado Filho.

Razões para estar lá não faltam, seja qual for a sua tribo: gosta de música baiana? A diva Ivete Sangalo será a principal atração do LunaStage na primeira noite, diz estar morrendo de saudade dos fãs curitibanos e promete um show "inesquecível". Prefere rock nacional? Na mesma noite, também no LunaStage, você vai poder testemunhar o encontro de dois totens da geração 80 (Paralamas do Sucesso e Frejat) e a performance arrasadora de um ícone dos anos 90, o Charlie Brown Jr. É fã de hard rock, ou já foi gótico? A banda britânica The Cult, que se diz "em chamas", também está no line-up do LunaStage na sexta-feira. Não resiste ao suingue do samba-rock? Vai ter Monobloco com Fernanda Abreu. Tem mais interesse pela música alternativa? A revelação curitibana Copacabana Club vai abrir a programação do palco principal. E olha que por enquanto só falamos da primeira noite de um dos três espaços para shows, o LunaStage.

Porque a sexta-feira também vai ser intensa na EcoMusic, a tenda destinada ao rock alternativo e à nova MPB. Vão passar por lá o irrequieto pernambucano Otto, um dos fundadores do mangue beat; a cantora e compositora Tulipa Ruiz, representante dos "novos paulistas"; e o rapper carioca BNegão, ex-parceiro de Marcelo D2 no Planet Hemp, que volta com Os Seletores de Freqüência.

A sua praia é a música eletrônica? Na noite de abertura, estarão na tenda EletroLuna magos das pick-ups como o paulista Gui Boratto e a dupla paranaense Leozinho & Paciornik, DJs descolados como a catarinense Aninha (residente do Warung) e o carioca Leo Janeiro, e talentos locais como Bibba Pacheco.

Achou pouco? Então olha o que vai rolar no LunaStage no sábado: Marcelo D2, Marcelo Camelo (do Los Hermanos), Capital Inicial, Fresno, Vanessa da Mata, o rapper Emicida e o Blindagem, além da cultuada banda californiana Sublime with Rome, pioneira do ska-punk, que no ano passado fez um show memorável no festival SWU, no interior paulista.

A segunda noite da EcoMusic não fica atrás, com Raimundos, O Teatro Mágico e Zé Cafofinho & Suas Correntes, da nova geração do mangue beat. A tenda EletroLuna, por sua vez, terá a sua noite "Canal da Mancha", com a exótica DJ britânica Feral, também conhecida como MC Kinky, e os franceses DJ Sairus, Soul Division e Small Ewok. No meio dos "gringos", o projeto curitibano Rolldabeetz promete honrar a tradição verde-amarela na cabine.

A cena independente local vai dominar o espaço EcoMusic, com seis grupos na primeira noite (Duo Finlândia, Banda Gentileza, Locomotiva Duben, Charme Chulo e Match, além de uma das bandas vencedoras do Concurso Mundo Livre Lupaluna, cujo resultado sai amanhã), e outros sete na programação de sábado (Sabonetes, Djoa, Sugar Kane, Supercolor, Noway, Os Milagrosos Decompositores e a segunda finalista do concurso).

"O Lupaluna é uma vitrine para todos nós. A cena curitibana é valorizada, por ter vários representantes, e o público também ganha a oportunidade de ver coisas novas", acredita Heitor Humberto, líder da Banda Gentileza. "Acho importante disponibilizar esse conteúdo cultural para um número maior de pessoas. Um festival como esse é muito marcante, por reunir tantas pessoas interessadas na mesma coisa."

Lacuna

Além da programação, da diversão e da visibilidade para as bandas daqui, outro mérito do Lupaluna é suprir parte da lacuna que a interdição da Pedreira Paulo Leminski deixou na vida cultural da cidade, como atestam os músicos do Copacabana Club e do Blindagem: "Eventos como este ajudam a colocar Curitiba novamente no mapa dos grandes shows no Brasil, porque ultimamente eles têm ido mais para São Paulo ou Porto Alegre", avalia a baterista do Copa, Claudinha Bukowski. "É bom saber que existem pessoas interessadas em continuar fazendo isso, além de abrir espaço para as bandas locais."

Paulo Juk, baixista do Blindagem e amigo pessoal de Paulo Leminski, vai além: "Com a Pedreira fechada por causa da cabeça pequenininha de alguns, o Lupaluna ganha uma importância imensurável, como o Rock in Rio ou o Planeta Atlântida. Mostra que temos condições de receber grandes artistas e promover eventos desse porte. Eu tenho um baita orgulho de tocar no Lupaluna", resume.

Por fim, ainda tem a preocupação do festival com o meio ambiente, tanto nas práticas ecologicamente corretas adotadas ao longo do evento (reciclagem de materiais, controle de resíduos, incentivo à carona solidária etc.), quanto nos dois projetos ambientais apoiados pela iniciativa: o Condomínio Ambiental (adoção de áreas de mata nativa para neutralizar o impacto am­­biental gerado) e o Águas do Amanhã (ações de conscientização ecológica para a recuperação da bacia do Rio Iguaçu). Não são boas razões para você estar no meio da galera do Lupaluna?

Serviço: Lupaluna 2011 – 13 e 14 de maio no BioParque. Ingressos promocionais a partir de R$ 50 (terceiro lote), à venda no site oficial (www.lupaluna.com.br), nos quiosques Alô Ingressos e nas Livrarias Curitiba. Siga o Lupaluna nas redes sociais: twitter.com/lupaluna_2011; facebook.com/lupalunacuritiba e youtube.com/lupalunaoficial, além da comunidade oficial no Orkut: LUPALUNA – Oficial.