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A Coleira do Cão

Rubem Fonseca (Agir)

A virada de 1965 para 1966 ficou marcada, definitivamente, como o tempo em que foi lançado o segundo livro de Rubem Fonseca, A Coleira do Cão. O calendário literário passou e esta obra, um marco, até hoje é lida, relida, estudada e citada como um marco. Os contos de Fonseca aliam ação de personagens com desvendamento do universo mental desses seres enredados em conflitos sem solução. A linguagem viva, sedutora e inesquecível, presente nestes contos, carimbou o passaporte de Rubem Fonseca para o andar dos imortais do texto escrito em português.

Cemitério de Elefantes

Dalton Trevisan (Record)

Se em 1959, com Novelas Nada Exemplares, o livro de estreia, Dalton Trevisan chamou a atenção de todo o Brasil literário, com Cemitério de Elefantes, de 1964, ele reafirmou ainda mais o seu talento de contista que inventou uma dicção inconfundível. Olhando a obra, a partir de 2010, tudo o que já foi dito, e repetido, sobre Trevisan, fica ainda mais reconfirmado. É o mestre do conto. É o dono de um texto ágil, leve, enxuto e ao mesmo tempo visceral. "Uma Vela para Dario", um dos contos deste livro, é apontado, por muitos, como o melhor conto da literatura brasileira.

125 Contos

Guy de Maupasssant (Companhia das Letras)

Depois de atravessar as 822 páginas desta coletânea, o leitor tende a pensar que conhece, com muita profundidade, todos os homens e mulheres que viveram na França entre 1850 e 1893, período em que viveu, por lá, o escritor Guy de Maupassant. Os contos falam de problemas perenes do ser humano: amor, traição, inveja, ódio e outros sentimentos pontiagudos. Cada um dos textos ficcionais desta antologia coloca em cena uma personalidade diferente, bem delineada, e todos aqueles seres, recriados por Maupassant, lembram pessoas que possivelmente ainda habitam o território francês em 2010.

A Dama do Cachorrinho e Outros Contos

Anton Chekhov (Editora 34)

O autor chegou a escrever romances, mas nenhum deles suplantou a fama de seus contos e peças (A Gaivota é uma delas). Entre as narrativas curtas, aquela apontada como sua obra máxima é, com frequência, "A Dama do Cachorrinho", parte desta antologia organizada e traduzida por Boris Schnaiderman. É uma história de amor entre um homem e uma mulher que se conhecem num parque, ambos com seus respectivos casamentos problemáticos. Escrito em 1899, é difícil passar mais do que uma página sem pensar: "genial".

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