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Bibliografia

Roberto Gomes tem 18 livros publicados, entre eles:

Crítica da Razão Tupiniquim (1977), Sabrina de Trotoar e de Tacape (1977), Alegres Memórias de um Cadáver (1979), O Menino Que Descobriu o Sol (1982, vencedor do Prêmio Jabuti), Júlia (2008, sobre a poeta Júlia da Costa), O Conhecimento de Anatol Kraft (2011) e, agora, A Guitarra de Jimi Hendrix (2014).

Livro

A Guitarra de Jimi Hendrix

Roberto Gomes. Criar Edições, 150 páginas, R$ 25.

Voltando ao gênero com que começou a vida de escritor, o catarinense Roberto Gomes, radicado há 50 anos em Curitiba, acaba de publicar a antologia de contos A Guitarra de Jimi Hendrix.

A obra reúne 15 histórias, 12 delas são inéditas e todas, imprevisíveis. Com toques de humor, o livro tende a conquistar os leitores não apenas pela coloquialidade da narrativa, mas também pela sedução particular de cada um dos personagens, expostos a devaneios embaraçados e a situações de delírio, lirismo e nostalgia – estados de espírito que, segundo o próprio autor, são a "base nutritiva" das histórias.

"Essa contraposição entre conflitos humanos, as memórias e o lirismo são mesmo a evidência. Usar essas facetas é uma preocupação minha em outros livros também", diz Gomes, que é colunista da Gazeta do Povo e chega ao 18.º livro.

A Guitarra de Jimi Hendrix evita padrões e reflete situações e relacionamentos que, embora considerados adversos, são mais frequentes do que parecem. O menino bisbilhoteiro que, por um momento, deixa de lado o entusiasmo pelas revistas em quadrinhos e descobre o caso extraconjugal da avó; a mulher que decide mudar de vida depois de declarar amor eterno ao cunhado que a abomina; o professor que vive uma paixão impetuosa com a aluna; e, não menos inquietante, os acordes da guitarra de Jimi Hendrix, que representam a cólera de um filho pelo pai condenado à morte.

São assim, com cenas dramáticas, irreverentes, carregadas de saudosismo, que os personagens se movimentam e criam a identidade do livro, não por menos, recheado de personagens femininos.

"As mulheres são por si só fascinantes e isso basta para eu fazer delas minhas personagens", diz Gomes.

Foi, inclusive, com um conto cuja personagem central é uma mulher, "Sabrina de Trotoar e de Tacape", que o autor recebeu seu primeiro prêmio na carreira, em 1977. "As mulheres são muito intensas, imaginativas, mutáveis, e eu gosto muito de trabalhar com essas emoções. Além disso, trabalhar com essa troca de olhar, o masculino sobre o feminino, isso me atrai muito", diz.

Gomes explica que nunca projetou a carreira para ser contista. Porque sempre gostou de enfrentar a diversidade dos gêneros literários.

Mais conhecido como autor de um aclamado livro de filosofia, Crítica da Razão Tupiniquim, Gomes possui um conjunto que também inclui romances, crônicas e obras infantis.

Sobre o que espera que os leitores pensem do livro novo, ele diz: "Espero que gostem bastante. Isso vai ser um bom sinal".

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