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Borghetti toca com o Daniel Migliavacca Quarteto | Natasha Yukwuzyk/Divulgação
Borghetti toca com o Daniel Migliavacca Quarteto| Foto: Natasha Yukwuzyk/Divulgação

Programação

Confira as próximas datas da segunda edição do projeto Brasil Musical 2012:

15/09Músicos paranaenses homenageiam Waltel Branco

22/09Ricardo Herz (violino) e Mano a Mano Trio

23/09Gilson Peranzzetta (piano) e Murilo da Rós Trio

3/10Thiago Espírito Santo (baixo) e Sérgio Coelho Trio

Serviço

Renato Borghetti e Daniel Migliavacca Quarteto

Teatro HSBC (Av. Luiz Xavier, 11), (41) 3777-6525. Hoje, às 20 horas. Os ingressos custam R$ 20 e R$ 12,50 (meia-entrada) e podem ser adquiridos no Disk Ingressos (41) 3315-0808 ou, no horário do espetáculo, na bilheteria do teatro. Sujeito a lotação.

Por pouco o bandolinista Daniel Migliavacca, paulistano radicado em Curitiba e um dos principais nomes do choro da capital paranaense, não será visto em trajes gaúchos no segundo show do projeto Brasil Musical 2012, que acontece hoje, às 20 horas, no Teatro HSBC. Pelo menos na bem-humorada imagem criada pelo convidado Renato Borghetti para descrever a interação musical entre os dois que prevê para a apresentação. "Ele só não vai estar de bombacha porque não vai dar tempo", brinca o gaiteiro, em entrevista por telefone à Gazeta do Povo.

Acompanhado do violonista de seu quarteto, Daniel Sá, e do grupo de Migliavacca, que tem os músicos Gustavo Moro (violão de sete cordas), Luis Rolim (bateria e percussão) e Flávio Lira (contrabaixo), Borghetti apresenta parte de seu repertório calcado na tradição folclórica gaúcha e permeado por referências modernas como o jazz e a música erudita, combinação que lhe confere prestígio internacional desde a década de 1980.

Temas como "Sétima do Pontal", "Barra do Ribeiro" e "Mercedita" farão parte da apresentação, que será o resultado de uma mistura de tradições. "Encontros como esses exatamente fortalecem essa ideia [de ampliar horizontes dos gêneros]", diz Borghetti. "Mas também acho importante deixar sempre claro de onde tu vens, de onde vem tua música. É até o porquê de eu estar sendo convidado para esse trabalho. Já toquei com grupos de rock, hoje estou viajando com uma orquestra de câmara. O motivo que me leva a esse convite é o fato de fazer a música da minha terra."

Improviso

Uma das particularidades da apresentação vem da forma como são preparadas todas as parcerias do projeto Brasil Musical, que teve sua primeira edição entre agosto e outubro do ano passado, e contou com nomes como Arthur Maia e Toninho Horta.

Os convidados chegam a Curitiba no mesmo dia da apresentação, e ensaiam com os músicos locais apenas horas antes do espetáculo.

"É inusitado presenciar um show que é preparado a toque de caixa. Na verdade, presencia-se a desenvoltura e o talento com que esses músicos dão conta do recado", diz o diretor artístico do projeto, Glauco Sölter. "A música instrumental é um gênero que já tem esta característica do improviso por si. É onde os instrumentos falam", diz.

Ele próprio um instrumentista tarimbado em Curitiba, Sölter explica que essa habilidade é uma das principais marcas dos músicos escalados para o projeto, que tem o objetivo de fortalecer a tradição da música instrumental na cidade e promover intercâmbio entre a cena local e centros de referência, como São Paulo.

"São artistas que têm uma carreira estabelecida, que foram fundo e fizeram nome em seus instrumentos. E são escolhas que, além de terem um apelo maior para o público de música instrumental, que é fiel, se acoplam bem aos grupos curitibanos", explica o músico, que busca experiências similares como um dos diretores artísticos de MPB da Oficina de Música de Curitiba. "Isso traz para a cidade um nivelamento dos nossos músicos com o que acontece lá fora."

No caso de uma parceria com Borghetti, trata-se de um diálogo dos mais amplos, tendo em vista suas recorrentes turnês no exterior. "De forma natural, sem forçar nada, tenho certeza que saio de encontros como esse com ideias novas para o meu trabalho", diz o gaiteiro.

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