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Festival

Conversas positivas sobre literatura

A primeira edição do Litercultura, que aconteceu no último fim de semana, teve boa acolhida do público

Conferências no Palácio Garibaldi ficaram lotadas e a edição de 2014 está confirmada | Hugo Harada/ Gazeta do Povo
Conferências no Palácio Garibaldi ficaram lotadas e a edição de 2014 está confirmada (Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo)
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Foto vencedora foi selecionada pela sutileza do

Em meio a estatísticas ruins propagadas a cada balanço de leitura – o último estudo divulgado na semana passada pelo IBGE mostrou que o brasileiro dedica somente seis minutos diários para os livros – um evento dedicado a falar e discutir literatura, o 1.º Festival Literário de Curitiba (Litercultura), que aconteceu no último fim de semana, teve um balanço "completamente positivo" para a organização, que já engatilha a edição de 2014. Mesmo com a chuva e o frio nada convidativos que persistiram ao longo dos últimos dias, muita gente saiu de casa e lotou o Palácio Garibaldi para ouvir escritores como o argentino Alberto Manguel, o português Gonçalo M. Tavares, entre outros.

Desde abril, quando o Litercultura teve sua pré-estreia com o Nobel sul-africano J. M. Coetzee, que realizou uma conferência na cidade, o evento, gratuito, prometia ser um sucesso: naquele mês, os ingressos para ver o escritor se esgotaram rapidamente, e o mesmo aconteceu com o restante das mesas e eventos do último fim de semana – todos distribuídos dias antes.

"Algo acertado foi fazer­­mos uma fila de espera", conta Manoela Leão, uma das organizadoras do evento. "Por ser gratuito, algumas pessoas retiram o ingresso e acabam não indo, então abrimos para o público e ninguém ficou de fora." Além das conferências com grandes nomes da literatura, que discutiram assuntos como tradução, contos, crô­­nica e leitura, o evento trouxe ainda oficinas, sessões de cinema na Cinemateca, shows, leituras de textos e exposições.

A estratégia de interligar várias áreas culturais com a literatura é tentar estimular a leitura, salienta Manoela. "Não existem iniciativas em massa para a leitura, é um trabalho de formiguinha. E essa relação que estabelecemos entre a literatura e a cultura explica o êxito da iniciativa." Outra decisão acertada foi a de concentrar os eventos na região do Largo da Ordem, o que permitiu aos participantes se locomoverem a pé entre uma atividade e outra. "Foi algo fundamental essa concentração e faremos o mesmo no ano que vem", garante.

2014

A ideia da organização já era a de repetir a dose no próximo ano, mas agora, após a acolhida e a cobrança do público, o Litercultura já começou a costurar ideias para 2014. Segundo Manoela, alguns autores de renome internacional que não puderam comparecer neste ano ficaram pré-agendados para a próxima edição – entretanto, ela ainda não revela os nomes. A expectativa é de que o 2.º Litercultura repita o sucesso.

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