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O convidado especial deste ano do coral do Palácio Avenida em Curitiba, Paraná, é o ator Fúlvio Stefanini. Em entrevista exclusiva à Gazeta do Povo, por telefone, ele contou que se pudesse voltaria a ser criança. Aos 69 anos, afirma que gosta da vida e que, quanto mais jovem, mais tempo tem para vivê-la. "Eu gosto da vida. Acho que quanto mais você avança, mais você vai para o fim", disse.

No espetáculo, Fúlvio interpreta um grande executivo que precisa da ajuda dos meninos do coral para voltar a ser criança. "O adulto nunca pode deixar de ser criança, não pode perder esse lado infantil. O personagem aprende que a vida é muito melhor quando é vista da ótica da criança, com uma visão mais pura e ingênua que nos dias de hoje é tão difícil."

Fúlvio Stefanini chegou a Curitiba na sexta-feira passada (21) acompanhado da mulher, Vera, com quem é casado há 40 anos. O casal deve ficar na cidade até o fim das apresentações, que começam nesta quinta-feira (27) às 20h. A programação acontece de sexta a domingo, sempre às 20h30.

Confira a entrevista completa com o ator Fúlvio Stefanini:

Como é o personagem que você interpreta no show?

A história é de um executivo que através dessa convivência com as crianças descobre que o ideal é voltar a ser criança. Então, esse executivo aprende como ele deve se comportar e, com isso, vai destruindo essa figura do executivo para voltar a ser criança e ser mais feliz. A mensagem é que o adulto nunca pode deixar de ser criança, não pode perder esse lado infantil. O personagem aprende que a vida é muito melhor quando é vista da ótica da criança, com uma visão mais pura e ingênua que nos dias de hoje é tão difícil.

O que um adulto deve fazer para manter a criança viva dentro dele?

Eu imagino que seja um pouco a história disso que eu estou fazendo mesmo. É não deixar nunca de ser autêntico, de ter verdades nas suas atitudes, ser generoso e solidário. E essas coisas você só tem quando é mais ingênuo mesmo, quando ainda é criança e tem uma visão otimista do mundo. Quando você vai ficando mais velho, você vê que o mundo não é bem assim, que tem uma série de situações que levam à competição, por exemplo. Então, acho que é por aí, se você conseguir manter a juventude nas suas atitudes, no seu comportamento, você será um adulto mais feliz.

Voltaria a ser criança se pudesse? Por quê?

Sim, voltaria. Porque eu gosto da vida e eu acho que quanto mais você avança, mais você vai para o fim. Então o melhor é você voltar, não é?

O que você sente mais falta da sua infância?

Sinto falta de tudo. A minha infância foi muito boa, muito feliz. Era uma época que se podia ser criança ainda. Hoje, isso é muito difícil por causa de uma série de coisas, mas naquela época nós éramos crianças mesmo, brincávamos com coisa de criança, brinquedos de criança, jogávamos bola na rua, bolinha de gude... São brinquedos que não existem mais. Hoje é só computador, Internet e videogame.

Todos os anos um convidado especial é recebido no coral do Palácio da Avenida. Como é a responsabilidade de participar de um evento tão especial para Curitiba? E como foi receber esse convite?

Em primeiro lugar, estou muito honrado. Esse convite me honra bastante pela importância que ele tem para Curitiba, para o Paraná e obviamente atravessa as fronteiras e todo mundo fica sabendo. Para um ator, acho muito importante e me sinto extremamente recompensado por tudo que eu já fiz até hoje. Quando aparecem uns convites assim, eu vejo como uma compensação de todo um trabalho, de uma dedicação muito grande à profissão e por fazer meu trabalho com muita seriedade sempre, sendo bastante profissional.

Você já conhecia o coral de Natal?

Eu já tinha visto em DVD.

É a sua primeira vez em Curitiba?

Não, Curitiba é uma cidade muito familiar para mim. Estive aqui várias vezes com peças de teatro. Fiz espetáculos de bastante sucesso aqui. É uma cidade que eu já conheço há tempos e gosto muito.

Você fica até quando na cidade?

Nesse evento são 11 apresentações e nos fins de semana eu vou, volto, vou e volto.

Vai passar o natal em Curitiba?

Não, o Natal eu vou passar em São Paulo mesmo. Porque no Natal esse compromisso aqui já terá acabado.

Você já ensaiou alguma vez com as crianças?

Sexta foi o primeiro ensaio e meu primeiro contato com elas. Vamos ter os ensaios normais, de conhecimento do que se vai fazer, eu já tinha lido o roteiro, claro, mas agora foi o primeiro contato mesmo, pra saber como vai ser o espetáculo, como vai ser o tom que vamos usar, então vai ser um trabalho de levantamento desse espetáculo.

Em alguma parte do show você tem que cantar?

Não, eu vou cantarolar porque num determinado momento o personagem é chamado a cantarolar, mas cantar não.

E como é trabalhar com crianças?

É uma experiência muito boa, não é uma coisa que eu faço muitas vezes, mas estou muito contente. Acho que é uma coisa muito legal. Colegas meus que já fizeram esse espetáculo disseram que é uma coisa muito emocionante.

O que você mais gosta no Natal?

Panetone.

O show espera atrair cerca de 20 mil pessoas por noite. Você já se apresentou ao vivo para uma platéia tão grande? Qual foi o maior número de expectadores que você já teve?

Bom, já aconteceu algumas vezes. Já me apresentei para platéias muito grandes em ginásios de esportes. É uma emoção muito grande você ver tanta gente assim.

E você fica nervoso ainda?

Fico um pouco, mas já fiquei mais. Hoje em dia, pouco menos.

Qual é a sua expectativa para o show?

Espero que seja um sucesso e que todos gostem muito. Espero que seja um espetáculo à altura dos que já foram feitos e que continue mantendo a tradição.

Quais são seus próximos projetos?

Devo dirigir em meados de 2009 um espetáculo de teatro chamado o "Crime do Pet Shop". Devo fazer um personagem chamado Frederico na próxima novela das sete da Globo que começa a ser gravada em janeiro ou começo de fevereiro.

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