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Últimos ensaios do coral HSBC contam com muita alegria e concentração das crianças | Pedro Serapio/ Gazeta do Povo
Últimos ensaios do coral HSBC contam com muita alegria e concentração das crianças| Foto: Pedro Serapio/ Gazeta do Povo

As apresentações do tradicional coral infantil do Palácio Avenida em Curitiba, Paraná, começam às 20h desta quinta-feira (27) e, ao contrário do que muitos pensam, as crianças cantam todas as canções ao vivo e sem microfones individuais, garante o diretor geral Leonardo Kehdi.

São cantadas 15 músicas e 5 cantigas em um espetáculo colorido e iluminado com duração média de 60 minutos. A programação acontece de sexta a domingo, sempre às 20h30.

Segundo Kehdi, apenas os solistas terão microfones individuais. Os demais contarão com microfones gerais instalados na base do prédio e amplificadores calculados para alcançar 80 metros no calçadão da Rua XV de Novembro, no centro da cidade, a partir do centro do Palácio Avenida.

O diretor confirma que a única gravação utilizada é a base instrumental, já que somente uma parte da orquestra estará presente. As crianças que começaram a ensaiar juntas em outubro aprenderam, além de cantar, a respirar, dançar e adquiriram uma postura correta para serem capazes de se apresentar durante todo o evento, que este ano conta com a participação do ator Fúlvio Stefanini.O enredo do show este ano é "Natal Feito Criança", que apresenta a história de um adulto que deseja resgatar sua alma infantil e, para isso, precisa da ajuda das crianças. Desde o ano 2000, o tema é escolhido pelos próprios integrantes do coral. Este ano, homenageia o direito de ser criança, a inocência e a pureza da infância numa tentativa de fazer o adulto perceber que pode ver o mundo com um olhar renovado, que pode brincar e não precisa saber de tudo.

Além das canções natalinas já conhecidas pelo público como Noite Feliz, Sinos de Belém e White Christmas, o coral apresenta músicas populares brasileiras como Aquarela, de Toquinho; Acalanto, de Dorival Caymi e Filhote do Filhote, de Jean e Paulo Garfunkel que fala da importância de cuidar da natureza. Nessa canção, as crianças aparecem vestidas como bichinhos.

O espetáculo promete ser mais "alegre e brincalhão" que no ano anterior, e trará adereços vibrantes como mãozinhas coloridas que foram produzidas por detentos do Centro de Triagem de Piraquara.

Outra novidade é a interação com a platéia. O Palácio Avenida traz duas vitrines digitais: uma delas reage ao toque e é possível ver fotos e letras de músicas de apresentações anteriores; a outra possui um sistema de envio de mensagens SMS por meio de Bluetooth.

Para produzir o espetáculo foram necessários cerca de R$ 3 milhões e 400 pessoas entre músicos, aderecistas, produtores, médicos, bombeiros e funcionários voluntários do HSBC, chamados de anjos da guarda, que acompanham as crianças durante o show. São esperadas 20 mil pessoas por dia nas 11 apresentações que vão de 27 de novembro a 19 de dezembro.

Crianças

Entre as 160 crianças que se apresentam no coral, 40 fazem parte do grupo permanente que foi criado em 2002 com o objetivo de aproveitar os talentos que eram identificados no Natal. O coral permanente começa a ensaiar em janeiro e se apresenta em orquestras, concertos e eventos por todo o Brasil.

As demais, também moradoras dos 11 abrigos assistidos pelo Programa HSBC Educação, se unem ao grupo permanente em outubro, quando todos começam a ensaiar juntos. Especialmente este ano, as 120 crianças se apresentam pela primeira vez, pois uma mudança no projeto agora permite apenas crianças de casas-lares e não mais de famílias carentes.

Para fazer parte do coral a criança deve ter entre 7 e 16 anos, estar alfabetizada, ter notas boas na escola, gostar de cantar e principalmente querer fazer parte do grupo.

Em retribuição à disciplina e dedicação, os cantores mirins recebem no fim do ano um cachê de R$ 300 depositado em conta. Os integrantes do coral permanente ganham R$ 350. Além do dinheiro, as 160 crianças recebem um vale para comprar o que quiserem em uma loja de brinquedos em Curitiba.

Após a entrada no coral, os pequenos cantores percebem grandes mudanças em suas vidas. Diego Lucas, 12 anos, conta que faz parte do grupo permanente há quatro anos e desde então é mais atencioso na escola e mais responsável. Jaqueline Padil, 13, participa pela primeira vez e diz que aprendeu a cantar somente quando entrou no coral e que também está aprendendo a lidar com a timidez.

Instituto HSBC Solidariedade

O objetivo do Programa Educação do Instituto HSBC Solidariedade é fazer com que o tempo de permanência das crianças nos abrigos seja encurtado e que a cada ano o coral traga novas carinhas, pois isso significa que elas foram adotadas.

Com o auxílio da vara da infância e da adolescência, o próprio abrigo identifica suas maiores dificuldades e as apresenta ao Instituto. As casas-lares recebem 12 benefícios durante todo o ano. As crianças têm assistência psicológica, atendimento educacional diferenciado, investimento na capacitação profissional e os gestores e educadores recebem treinamento adequado. Tudo para que, ao sair do abrigo, a criança esteja mais fortalecida.

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