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Cinema

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Cores, que estreia nesta sexta-­feira no Espaço Itaú, é o longa-me­tragem de estreia do cineasta Francisco Garcia. Rodado em preto e branco, opção estética que brinca ironicamente com seu título, o filme retrata o dia a dia de três jovens adultos da classe média de São Paulo, que se digladiam com a imobilidade de suas vidas.

Lúcio (Pedro di Pietro) é tatuador, vive com a avó viúva, idosa e doente, e dela depende para ter uma vida confortável. Seu melhor amigo, Luiz (Acauã Sol), é vendedor em uma drogaria e, para ganhar uns trocados a mais, vende remédios de tarja preta sem receita. Sua namorada, Luana, é funcionária de uma loja de peixes ornamentais e, vizinha de um aeroporto, sonha viajar, fugir de seu cotidiano cinzento e sem perspectiva.

Logo na primeira sequência de Cores, vemos a imagem do ex-presidente Lula, quando ainda estava no cargo, falando sobre como, apesar da crise econômica internacional, o país vem mantendo seu crescimento, permitindo a ascensão social de boa parte da população. O discurso entra em choque com a vida do trio, que parece condenado, muito por conta de uma certa falta de iniciativa, a se manter paralisado, repetindo erros, mergulhado em frustrações.

Se não chega a cumprir as promessas de seu argumento, instigante e bem atual, Cores vale como reflexão sobre o Brasil contemporâneo e a tão discutida classe C ascendente.

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